
Maputo, 21 de Dezembro (AIM) – O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) deteve hoje (21), em Maputo, três indivíduos, com idades compreendidas entre 21 e 46 anos, em conexão com o sequestro de uma cidadã ocorrido a 01 de Novembro último, no bairro da Sommershield, na capital moçambicana.
Segundo o porta-voz da SERNIC, Hilário Lole, a neutralização dos suspeitos é fruto de um trabalho desencadeado pelas autoridades para o esclarecimento dos sequestros reportados nos últimos tempos no país, particularmente na cidade e província de Maputo.
“Foram feitas diligências e na madrugada de hoje foi possível localizar este local em Sikwama, uma residência no Bairro da Liberdade, onde foi possível resgatar a vítima que foi levada ao médico para aferir seu estado de saúde”, disse.
“Foi possível neutralizar três indivíduos. No local de cativeiro foram encontrados dois indivíduos e com as diligências posteriores foi possível neutralizar o terceiro indivíduo na cidade de Maputo”, acrescentou
Segundo Lole, dois suspeitos, um de 35 anos de idade e outro de 46 anos, desempenhavam as funções de guarda no local. O terceiro suspeito, de 21 anos de idade, tinha missão de zelar pela logística.
“Dois deles serviam como guardas do local onde guarneciam a vítima no cativeiro e o terceiro, que foi neutralizado na cidade de Maputo, era tido como homem da logística que cuidava da alimentação da vítima e de outras necessidades dela, assim como de outros indivíduos da mesma quadrilha”
Actualmente decorre uma operação para neutralizar o quarto integrante do grupo que se acredita ser a peça chave para o esclarecimento do caso.
Falando à imprensa, um dos detidos nega ser membro do grupo, alegando que só fazia compras que o seu tio pedia. Outro alega ter sido chamado para controlar material da obra no local que servia de cativeiro.
“Fui chamado por meu tio para poder comprar coisas para deixar na casa, não sabia que havia uma pessoa raptada no local”, disse o suspeito de 21 anos.
Outro indiciado, o mais velho do grupo, confessou afirmando que “eu dava comida a ela (vítima), ajudava a ela a ir a casa de banho, e disseram para eu não tentar fugir. Tinha que ficar com a moça no quarto, não saia de lá, mesmo quando eles chegassem, tinha uma cadeira ao lado onde ficava”
Refira-se que o SERNIC já registou seis raptos ao longo do corrente ano. Duas vítimas continuam no cativeiro e há registo de cinco casos de tentativa de rapto que foram prontamente abortados graças ao esforço conjunto entre a polícia, por iniciativa própria das vítimas e população.
(AIM)
ZT/sg