Chimoio (Moçambique), 08 Jan (AIM) – Mais de 160 mil pessoas poderão ser afectadas pelos desastres naturais na presente época chuvosa e ciclónica (2022/23), na província de Manica, centro de Moçambique.
Trata-se de residentes dos distritos de Tambara, Machaze, Sussundenga, Gondola, Macate e Mossurize.
O chefe de departamento de Gestão e Redução de Risco no Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) em Manica, Vernito Gonga, disse estar em execução um plano de contingência que visa minimizar os impactos dos eventos climáticos extremos.
Gonga falava há dias, em Chimoio, tendo revelado que estão a ser preposicionados alguns meios para responder a qualquer situação em casos de ocorrência de desastres naturais.
“Colocamos três embarcações em dois distritos. Referimo-nos aos distritos de Sussundenga e Tambara, onde temos o registo de ocorrência de eventos climáticos extremos. Também temos nesses locais alguns comités de gestão de risco de calamidades que estão a assistir, directamente, à população”, disse.
A fonte garantiu que haverá uma resposta imediata em casos de transbordo de água nos principais rios.
“Essas embarcações estão mesmo para servir à população desses distritos atravessados por duas maiores e importantes bacias hidrográficas, nomeadamente, Zambeze e Lucite”, explicou.
Para além de embarcações, segundo Gonga, o INGD colocou em prontidão kits de alimentos e outros produtos para primeiros socorros.
“São tendas e outros bens alimentares para responder, em tempo real, qualquer solicitação em casos de ocorrência de qualquer desastre. Esses meios estão naqueles distritos expostos a inundações, ventos fortes, cheias”, afirmou.
Em coordenação com as lideranças comunitárias, religiosas e parceiros, o INGD está a trabalhar na sensibilização da população para abandonar as zonas de risco e viverem em lugares seguros.
“A sensibilização é feita a todos os níveis. Queremos que as pessoas saiam para zonas seguras. Queremos evitar mortes e perda de bens por causa de eventos climáticos. A população está a responder positivamente a estes apelos. Existe um número considerável de pessoas que já estão em lugares seguros”, acrescentou Gonga.
“Estão a sair com os seus bens e isso nos alegra, porque as pessoas já conhecem o perigo de vida quando vivem nas zonas de risco”, observou.
A província de Manica, os distritos de Sussundenga e Tambara são os mais propensos a desastres naturais.
(AIM)
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