Maputo, 23 Jan (AIM) – O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), na província de Maputo, deteve esta segunda-feira (22), quatro membro da mesma família indiciados pelo assassinato de um idoso de 77 anos de idade.
Os suspeitos, três filhos e esposa da vítima foram detidos, mediante um mandato de busca e captura.
A informação foi avançada hoje, em Marracuene, pelo porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), na província de Maputo, Samson Mahumane, em conferência de imprensa para apresentação dos quatro indiciados.
Segundo Samson Mahumane, a detenção desta família surge após uma denúncia por parte de um dos filhos do malogrado, fruto de um outro casamento alegando que o pai teria sido assassinado na madrugada de 26 de Dezembro último.
“O corpo apresentava sinais de agressão, sendo que eles também confirmam que a vítima quando um dos filhos chegou apresentava sinais de sangramento pela boca. Portanto o exame feito pelo SERNIC, como o resultado da autópsia nos diz que houve sinais de violência”, disse Samson Mahumane.
“Apelamos às famílias para havendo esses casos de suspeita de feitiçaria tanto outros casos como problemas sociais, as várias formas de resolver, não é usando a violência, não é resolver na base de justiça própria”, acrescentou.
Perante o facto, o porta-voz do SERNIC em Marracuene, assegurou que prosseguem ainda investigações visando esclarecer o caso.
“Os elementos que o SERNIC conseguiu colher, tudo indica que há esse interesse em resolver o caso referente a eliminação deste elemento que era suspeito de feitiçaria ou tudo mais”, avançou.
Os indiciados que se encontram detidos nas celas do SERNIC em Marracuene, contradizem as acusações alegando que não seriam capazes de assassinar o pai e o esposo.
“Nós vivíamos assim com o pai, mesmo quando eu estava doente e estava de baixa, o pai não comprava comida, as crianças é que compravam porque o pai não trabalhava. As crianças é que pagavam água, energia e outras despesas”, disse a viúva indiciada.
“Eu não posso dizer nada porque eu nem vivia ali em casa. O que tenho a dizer é que meu pai nos ajudava muito porque lavava roupa da minha mãe, cozinhava, saía para as brincadeiras dele, mas primeiro cuidava da minha mãe”, refere um dos filhos cuja identidade não foi revelada.
(AIM)
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