
delegado do Instituto Nacional de Saúde (INS) em Nampula, Américo Barata, em conferência de imprensa.
Maputo, 05 Mar (AIM) – A província de Nampula, norte de Moçambique, regista um cumulativo de 3.500 casos de conjuntivite hemorrágica confirmados até as últimas 24 horas, desde a eclosão do surto a 15 de Fevereiro último.
Os distritos mais afectados são Angoche, Eráti, Meconta, Moma, Nacala Porto e Nampula.
A informação foi avançada na manhã de hoje (05), em Maputo, pelo delegado do Instituto Nacional de Saúde (INS) em Nampula, Américo Barata, em conferência de imprensa.
Apesar do número elevado, Barata diz que 50 por cento dos casos de conjuntivite registados em Nampula estão curados.
“Até o momento metade destes pacientes já apresentaram a sua cura e não temos nenhum registo de casos de sequelas apresentadas pelos pacientes” disse.
Explicou que a conjuntivite hemorrágica “é uma doença autolimitada, resolve-se por si só, sem intervenções de grande vulto e, até aqui, não há registo de pacientes graves e ou que tenham desenvolvido sequelas”.
Aliás, tratar-se de uma infecção massiva e não emergência de saúde pública, que evoluiu a nível de surto na província de Nampula.
Apesar da doença não ser letal, a fonte recomenda a busca de tratamento nas unidades sanitárias para a identificação do tipo de conjuntivite.
“É importante ir ao hospital para que as pessoas especializadas compreendam que se trata de uma conjuntivite viral e não ou um outro tipo de conjuntivite”, disse acrescentando que a conjuntivite hemorrágica cura-se por si só num espaço de sete a 10 dias.
O especialista chama atenção a observação de medidas de higiene como forma de evitar a propagação da doença.
“As medidas mais recomendadas para a prevenção da conjuntivite hemorrágica epidémica são a observação da higiene individual, colectiva, lavagem das mãos, evitar de contacto entre as pessoas, evitar passar os dedos nos olhos, uso de desinfectante, entre outras”, disse.
A conjuntivite hemorrágica é uma infecção benigna sem consequências sobre a visão ou vida de quem padece. Apesar disso, “é motivo de preocupação porque tem um alto nível de transmissão e gera desconforto”.
A nível da província de Nampula a doença afecta mais a faixa etária 10-15 anos. Nos últimos tempos também afecta indivíduos com idade superior a 15 anos de idade, a maior parte sexo masculino.
É a primeira vez que o país regista a conjuntivite nesta dimensão e o adenovírus e enterovírus são apontados como os vírus por trás do surto.
(AIM)
CC/sg