Maputo, 22 Mar (AIM) – O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) reconhece a existência de falhas técnicas que repetem a impressão de cartões de eleitor, no acto da inscrição, em algumas brigadas.
Sobre esta irregularidade, que o STAE considera ser a única de natureza técnica, tem acontecido no decurso do processo. Por isso, diz ser um caso que está a acompanhar a par e passo e já ter equipas no terreno para corrigir a situação.
“Há um fenómeno que está a ocorrer em algumas brigadas, que é de repetição de impressão de alguns cartões”, disse o director nacional do Gabinete Jurídico do STAE, Lucas José, que falava na manhã de hoje, em conferência de imprensa para fazer o balanço da primeira semana do recenseamento.
Explicou que o caso ocorre quando o brigadista comanda a impressão, mas a máquina, naquele momento, não imprime o cartão, o brigadista “faz o segundo pedido, a máquina não imprime e na terceira vez quando aceita, uma vez que assumiu os pedidos anteriores, acaba imprimindo três cartões”.
“Mas já temos equipas no terreno para corrigirem imediatamente essa situação”, assegura, acrescentando que os técnicos do STAE já estão nas diferentes províncias para assistir estas e outras avarias que poderão ser registadas.
Uma semana após o arranque do recenseamento eleitoral, o STAE afirma que existem algumas brigadas, cujo número não foi especificado, que ainda não entraram em funcionamento.
O STAE também manifesta a sua apreensão com o atraso que se verifica no pagamento de subsídios aos agentes eleitorais a todos os níveis, um caso já descrito, na última quarta-feira, pelo vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Mazanga, e que poderá comprometer o processo eleitoral.
“Neste momento, os fundos estão sendo disponibilizados a medida do possível. Portanto, é uma dificuldade conjuntural e nós vamos recebendo gradualmente esses fundos e não podemos precisar agora, em termos numéricos, qual é o valor que falta, mas gradualmente o governo vai disponibilizando os fundos para atender essas necessidades”, assegurou Lucas.
Na componente de segurança, o STAE reconhece a morte de três agentes de educação cívica, que foram assassinados no Posto Administrativo de Katapua, Distrito de Chiúre, a 8 de Março.
Sobre a saúde pública, o STAE diz estar a estudar mecanismos para evitar a transmissão da conjuntivite hemorrágica nos postos de recenseamento, embora não tenha especificado das medidas adoptadas.
(AIM)
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