Maputo, 10 Abr (AIM) – O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, reitera que o Islamismo é uma religião que promove a paz e repudia o terrorismo, destacando que o mês do Ramadão fortalece o compromisso entre o Homem e o bem.
Falando na manhã de hoje (10), durante as celebrações do Eid-Al-Fitr no distrito de Angoche, província de Nampula, na região norte, Nyusi enfatizou a natureza pacífica e os valores nobres do Islão.
“Os ensinamentos que temos sobre o islão é de uma crença profundamente pacífica e de valores nobres, da convivência harmoniosa entre as pessoas, uma religião comprometida com o bem”, afirmou o Presidente.
Nyusi lembrou que o Ramadão fecha as portas para manifestações de inveja, ódio e violência, razão pela qual contribui para fortalecer os laços de paz e reconciliação entre os povos.
“O Islão é uma religião de paz e não de extremismo violento, razão pela qual o Ramadão observa o pacto profundo entre o Homem e o bem”, reiterou o estadista moçambicano.
Além de enfatizar a importância da paz, o Presidente apelou à solidariedade da comunidade, instando para que as suas orações se estendam não apenas aos afectados pelo terrorismo, mas também às vítimas de desastres naturais, como tempestades, chuvas, inundações e secas que se registam em todo o país.
“Este ano, durante o Eid, as nossas preocupações estão com nossos compatriotas nos distritos do norte, especialmente na província de Cabo Delgado, que continuam a sofrer com actos de terrorismo e extremismo violento. As vidas estão sendo perdidas e as infra-estruturas destruídas indiscriminadamente”, disse Nyusi.
“Apesar de os terroristas procurarem transmitir a mensagem de que defendem o Islão, no entanto, a revelação feita ao profeta Muhammad deixa sobejamente claro que o Islão significa paz e isso tranquiliza-nos. As orações abertas solidárias dos irmãos muçulmanos têm de ser estendidas às vítimas das tempestades tropicais, das inundações urbanas, cheias e secas um pouco por todo país”, exortou.
Em meio às celebrações, o Presidente proferiu uma mensagem condolências e pesar às famílias enlutadas pelo naufrágio em Lunga, ocorrido no domingo (07), que resultou na morte de 98 pessoas. O governo decretou um período de luto nacional de três dias em homenagem às vítimas, contados a partir das 00h00 desta quarta-feira.
Nyusi concluiu reconhecendo e agradecendo a solidariedade e o apoio da comunidade muçulmana aos necessitados afectados tanto pelo terrorismo quanto pelos desastres naturais.
Expressou ainda o desejo de ver o país a combater a pobreza, a criminalidade e outros males que afectam a sociedade moçambicana, sobretudo o rapto, tendo também como base o Islão.
(AIM)
CC/sg