
Nampula (Moçambique), 04 Mar (AIM) – O governador da província de Nampula, norte de Moçambique, Eduardo Abdula, qualificou o mês do Ramadão, iniciado há dias em todo o mundo que professa o Islão, como um momento de reflexão, perdão e solidariedade.
Abdula teceu estas considerações na tarde desta segunda-feira, num evento ocorrido na sua residência oficial, perante cerca de uma centena de fiéis praticantes da fé islâmica e não só, no momento do Iftar ou seja quebra do jejum.
O governador e esposa convidaram representantes dos 23 distritos da província de Nampula e outros dignitários locais que se juntaram para o tradicional momento de oração e refeição, um dos rituais que caracteriza o Ramadão, considerado pelos praticantes de sagrado.
“Por isso, o Ramadão é um tempo de retorno às Escrituras, de aprofundamento na oração e de renovação da nossa ligação com os ensinamentos divinos. É também um tempo para olhar para o outro e ver nele um irmão, intensificar a prática da caridade e reafirmar o primado do bem, cultivando um coração mais generoso e compassivo”, afirmou.
Eduardo Abdula fez votos para que “este mês nos aproxime da misericórdia, do perdão e da luz divina”.
“Que encontremos nele a força para sermos melhores, para cultivar a gratidão e para reforçar os laços de amor e solidariedade com todos à nossa volta”, afirmou.
Por sua vez, o sheik Abdultafi Mussagy, secretário-geral do Conselho de Álimos de Nampula, em nome dos convivas e do Conselho Islâmico de Moçambique, enalteceu o gesto do governador por ter aberto as portas da sua residência oficial o que no seu entender ficara’ marcado na história local e não só.
“Pela primeira vez é aberto o palácio para receber seus convidados, muçulmanos, cristãos e até pagãos, significando que ele é o governador de todos. Gostaria de endereçar os agradecimentos não só da comunidade islâmica mas de todos os cidadãos de Nampula”, enfatizou.
Na província de Nampula, a mais populosa de Moçambique com 6,7 milhões de habitantes, a religião islâmica é praticada por cerca de 20 por cento da população com realce para o litoral e a capital provincial.
(AIM)
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