
Presidente da República, Filipe Nyusi, inaugura novo bloco do Instituto do Coração
Maputo, 22 Abr (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, recomenda uma maior colaboração entre os sectores público e privado, pois isso é fundamental para o desenvolvimento de Moçambique.
O estadista moçambicano deixou a recomendação hoje (22), em Maputo, no Instituto do Coração (ICOR) durante a inauguração de novos edifícios dos serviços de maternidade, neonatologia, internamento de adultos e crianças e da entrada em funcionamento dos serviços de radiologia devidamente apetrechados com equipamentos modernos de ressonância magnética, entre outros.
“Este é mais um marco marcante na expansão de serviços de saúde à população moçambicana. A colaboração e a interdependência é fundamental não só público/privado, mas mesmo entre os privados”, disse Nyusi.
Explicou que o país é grande, com uma população considerável, actualmente calculada em mais de 32 milhões de habitantes que, eventualmente poderão precisar dos serviços do ICOR.
O chefe do Estado encorajou a outros provedores privados para que se tornem em exemplos de colaboração entre as instituições públicas e o sector privado e juntos incrementarem a colaboração, com vista a melhoria do acesso aos serviços de saúde de qualidade para os moçambicanos.
“Gostaria ainda de apelar a uma maior e cada vez mais colaboração e complementaridade entre os sistemas público e privado com vista a implementação se soluções conjuntas para os problemas de saúde, nunca devemos encarar o sector privado como ameaça concorrente”, instou.
Nyusi reconheceu o contributo do ICOR no tratamento de doenças sensíveis e complexas sobretudo em crianças carenciadas e com problemas cardíacos.
“Ao constatar o sofrimento de centenas de crianças devido ao elevado custo e alta tecnologia exigida para realizar cirurgias cardíacas quiseram os proponentes do projecto liderados e agora ouvimos que afinal a escolha foi óptima congregando energias, desejos e sonhos em diversas valências desses profissionais voluntários para trazer a esperança para as nossas crianças que vivem com dor cardíaca através de soluções internas, mas sustentáveis”, avançou.
“Nestas mais de duas décadas de trabalho do ICOR testemunhamos o mais alto gesto de filantropia e amor ao próximo em que a generosidade se traduziu em intervenções cirúrgicas gratuitas a crianças moçambicanas de famílias de baixa renda e em tratamento de cirurgia cardíaca e de cateterismo, que é mais uma técnica da cardiologia é menos invasiva para diagnosticar e tratar pacientes”, disse.
Salientou que o ICOR tem a vocação que o distingue por ser pioneira e única a efectuar este tipo de tratamento, com a efectivação de forma gratuita a mais de 2.500 cirurgias a coração aberto em crianças e jovens sem meios financeiros constitui satisfação de famílias moçambicanas a este grupo de concidadãos moçambicanos, onde foram restituídos às suas vidas com maior qualidade.
O chefe do Estado afirma que o ICOR é um parceiro estratégico do Ministério da Saúde (MISAU) e recorda o papel do ICOR no tratamento de doentes na eclosão da pandemia da Covid-19, no país.
Saudou e felicitou a direcção do instituto pelos seus feitos, assim como pela decisão de homenagear nesta fase de crescimento dos serviços, um dos melhores filhos da pátria amada o doutor Pascoal Mocumbi, um dos mentores deste projecto, baptizando o bloco da maternidade com o seu nome.
O evento contou com a presença do antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, e dirigentes do sector da saúde, entre outros convidados.
(AIM)
FG/sg