
Mulher camponesa em Moçambique
Maputo, 27 Abr (AIM) – Pequenos e médios agricultores da cidade de Maputo contam desde esta sexta-feira (26) com uma nova academia agrícola, Academia Agro, para a sua capacitação.
A instituição é fruto de uma parceria entre empresas e organizações ligadas à agricultura e pecuária e surge devido a necessidade da transmissão de conhecimentos sobre o assunto constatada pelos mesmos.
A frequência dos formandos nestas acções tem uma taxa de inscrição simbólica, recebendo como contrapartida conhecimento, pratica real e experiencias, um diploma de participação, e um kit Agro, grátis, com alguns utensílios, ferramentas e sementes, disponibilizado pelas empresas membro desta parceria.
O primeiro curso inicia segunda-feira e tem uma duracao de um mês e tem como principal alvo as mulheres camponesas.
“A academia é o primeiro passo para um grande programa que vai levar o tempo que for necessário, porque nós achamos que toda a gente ligada à agricultura precisa de uma formação. Este é o primeiro curso, com maior incidência para as mulheres camponesas e depois outros escalões, este é o pontapé de saída”, disse sexta-feira em Maputo, o Presidente do Conselho de Administração da Tecnologia & Consultoria Agro-Pecuária (TECAP), António Fagilde na cerimónia de lançamento e apresentação pública da “Academia Agro”.
Fagilde destaca a relevância da escola para o país, pois vai “trazer conhecimento técnico para a produção agrícola, melhor envolvimento e atracção a agricultura, bem como vai trazer produtos para o país pois exportamos muito da África do Sul”.
A iniciativa busca fortalecer a capacidade técnica e empreendedora dos agricultores, proporcionando-lhes acesso a conhecimentos práticos e teóricos essenciais para o aumento da produtividade e sustentabilidade das suas machambas.
Na ocasião, o director-geral da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), Firmino Cordeiro, destacou a importância da formação, do conhecimento e da troca de experiências como pilares fundamentais para o progresso do sector agrícola em Moçambique.
“Vamos criar uma academia que coloque os agricultores do país no primeiro plano, vamos trabalhar com eles, para que eles ganhem mais experiência e conhecimento. Este é o grande desafio, para que as pessoas se profissionalizem um pouco mais, mesmo na sua pequenez em termos da dimensão das suas machamba, elas depois podem ir crescendo fazendo outras culturas que sejam rentáveis e que possam vender e ganhar mais dinheiro com isso”, referiu.
Os formandos, por sua vez, expressaram entusiasmo com a oportunidade de aprender e adquirir experiência na área agrícola, destacando a importância do conhecimento técnico para o desenvolvimento da produção agrícola e pecuária em Moçambique.
“Espero aprender junto de outros agricultores e empresas, ganhar muita experiência na área”, disse Fernanda Olga.
Não muito diferente de Olga, Sebastião Magaia disse que “com a oportunidade acreditamos que vamos ter condições de fazer com alguma ciência a nossa actividade, a agricultura e pecuária”.
Com a inauguração da Academia Agrícola, espera-se não apenas uma melhoria na capacidade produtiva dos agricultores, mas também um aumento na segurança alimentar e no desenvolvimento económico do país, reduzindo a dependência de importações e fortalecendo o sector agrícola nacional.
A Academia Agro A é um projecto promovido pela Associação dos Jovens Agricultores de Portugal, (AJAP) AJAP – Moçambique, Federação Nacional das Associações Agrárias de Moçambique (FENAGRI), e seis importantes empresas na comercialização e revenda de factores de produção: a Tecap, Bayer, Centrocar, Procampo, Nutagri e Husqvarna.
(AIM)
CC/sg