
Indicacao de um posto de recenseamento eleitoral na cidade de Maputo. Foto de Ferhat Momade.
Maputo, 12 Mai (AIM) – A Comissão Nacional de Eleições (CNE) diz que os dados do recenseamento eleitoral em curso no distrito de Quissanga, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, são animadores não obstante as limitações impostas pelas acções terroristas.
A informação foi avançada, em Maputo, pelo porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, durante a última edição semanal do programa “Linha Directa” da Rádio Moçambique (RM), emissora publica nacional.
Cuinica disse que até a última sexta-feira (10) havia um registo de 9.001 eleitores inscritos, o que corresponde a uma cifra de 31,11 por cento da meta.
Com a cifra sobe para 101 por cento o nível de recenseamento eleitoral na província que tem sido sistematicamente fustigada por ataques terroristas, principalmente nos distritos mais a norte. A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, rubis, grafite, entre outros recursos.
Devido ao clima de insegurança no distrito de Quissanga, a CNE foi obrigada a prorrogar o processo de recenseamento até ao dia 15 de Maio corrente, tendo criado, para o efeito, brigadas móveis.
“Mas, de um modo geral, estamos bastante satisfeitos porque pela primeira vez conseguiu-se aquilo que é a referência do Instituto Nacional de Estatística (INE)”, disse Cuinica.
Acrescentou que “ainda estamos a trabalhar. Em Quissanga ainda não estamos muito bem porque temos apenas 31,11 por cento. Gostaríamos que até lá atingíssemos o previsto”.
O distrito de Quissanga prevê registrar 28.930 eleitores.
No resto do país, os dados do recenseamento eleitoral mostram índices superiores às metas previstas, situação que reflecte, segundo o comentarista da RM, Elísio de Souza, na elevação da consciência jurídica do cidadão.
“Quer parecer que os cidadãos já estão a ficar cada vez mais claros de que o seu voto vai fazer diferença. Ninguém vai querer ficar cinco anos a ser governado por alguém que não teve a oportunidade de dar o seu voto, a sua contribuição”, sublinhou.
Vincou que “é, de facto, animador mostrar claramente alguma subida naquilo que é a consciência jurídica dos cidadãos”.
Dados da CNE indicam que todas as 43 formações políticas que manifestaram o interesse em participar nas Eleições Gerais de 2024 foram aprovadas para concorrer no escrutínio de nove de Outubro próximo.
(AIM)
FG/mz