
Maputo, 10 Jul (AIM) – O Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, defende a capacitação e treinamento de pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade, para que possam sair da dependência e garantir o seu próprio sustento.
O estadista defendeu o posicionamento na tarde desta quinta-feira (11) em Maputo, na abertura da IV Conferência Nacional sobre Protecção Social, um evento em curso na capital sob o lema “Progressos e Desafios da Protecção Social em Moçambique”
“Se forem a andar pelas estradas ou algumas lojas (das cidades) vão ver pessoas que estão à espera de receber esmolas, pessoas com capacidade de andar, será que não há outra maneira de fazer que eles tenham alguma coisa, não podemos trabalhar e encontrar uma maneira sustentável para essas pessoas possam viver?”, questionou o Chefe de Estado.
“Eu não conheço pessoas nas aldeias que saem de manhã todos os dias para andar de porta em porta a pedir (esmolas), mas temos cegos lá, ninguém disse que não há solução”, acrescentou.
Nyusi disse conhecer inúmeras pessoas com deficiência e que só a sua capacitação vai auxiliar a reduzir o número de pessoas em situação de vulnerabilidade.
“Investir na protecção social é investir nas pessoas, é aumentar as suas capacidades e sua resiliência resultando no melhoramento da sua saúde, competências de empregabilidade e renda. É contribuir para a redução da pobreza e exclusão, é promover o crescimento económico inclusivo, é promover a paz e coesão social e o desenvolvimento em geral. Investir na protecção social, não é uma mera despesa”, defendeu.
Referiu que investir na protecção social é investir no futuro e bem-estar das pessoas e comunidades, bem como nos direitos e dignidade do Homem. Por isso, o governo deve “continuar a priorizar este tipo de investimentos, pois não há desenvolvimento sem inclusão”.
Já o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura em Moçambique (FAO), José Luis Fernandez, destacou o crescimento do número de pessoas cobertas pela protecção social em Moçambique.
“Em 2014, o número de pessoas cobertas passou para 439 mil e em 2022, cerca de 1,7 milhão de moçambicanos foram cobertos pelo sistema de protecção social”, disse.
“Moçambique mostra-se um exemplo mundial em matérias de protecção social pois é visto como um investimento e não um simples gasto e isso é motivo de orgulho nacional e internacional”, apontou.
A fonte saúda o país pela implementação de programas regulares de protecção social e subsídio para a criança e sublinha que nenhum país alcançou o progresso económico e social sem investir em sistemas de protecção social e serviços públicos de qualidade que proporcionem às pessoas o apoio necessário para resistir todo o tipo de vicissitudes.
(AIM)
CC/sg