
Inspectora geral do INAE, Rita Freitas
Maputo, 22 Jul (AIM) – A organização não governamental Global Alliance for Improved Nutrition (GAIN) está a capacitar, desde a manhã de hoje, um grupo de 30 técnicos da Inspecção Nacional de Actividades Económicas (INAE) na Monitoria de Produtos Alimentares Fortificados em Moçambique.
Os técnicos são provenientes das regiões sul e centro do país à excepção de Zambézia que participou em Junho último na província de Nampula.
A inspectora geral do INAE, Rita Freitas, explicou que a capacitação é parte integrante de um conjunto de iniciativas que visam reduzir o elevado índice de desnutrição crónica no país que, em parte, se deve ao consumo de alimentos não fortificados.
“Moçambique tem enfrentado ao longo dos anos o grave problema da desnutrição crónica que afecta uma significativa parcela da nossa população, especialmente crianças e mulheres. Ela compromete o desenvolvimento físico e cognitivo, além de aumentar a vulnerabilidade e doenças impactando negativamente no futuro do nosso país”, disse.
Estatísticas do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) indicam que Moçambique apresenta uma taxa de desnutrição crónica em menores de cinco anos de idade de 37%.
Mais ainda estima-se país perde anualmente 11% do produto interno bruto (PIB), o que representa 1,6 mil milhões de dólares americanos, devido a desnutrição crónica.
Por isso, explicou a fonte o evento é de extrema importância e será uma oportunidade para enriquecer os conhecimentos dos participantes em várias áreas cruciais para a segurança alimentar e nutricional em Moçambique”, acrescentou.
Disse que a adição de vitaminas e minerais em produtos alimentares comuns, sobretudo a farinha de milho, farinha de trigo, açúcar, óleo e sal pode ajudar a combater a falta de nutrientes e, deste modo, melhorar a saúde e o bem-estar da população.
Freitas afirmou que a segurança alimentar é um pilar fundamental para o desenvolvimento sustentável de qualquer nação, pois a falta dela não só agrava a série de problemas sociais e económicos, mas contribui para a instabilidade social e económica, comprometendo o progresso e o desenvolvimento do país,
Portanto, disse a fonte, “é crucial que trabalhemos juntos para mitigar este problema, garantindo que todos os moçambicanos tenham acesso a alimentos seguros e nutritivos”.
Apontou que a formação é um factor chave para o crescimento das actividades do INAE, para garantir um bom ambiente de negócios e contribuir para o exercício da actividade dos agentes económicos, em conformidade com a legislação das actividades económicas.
Disse esperar que os técnicos “possam enriquecer o seu conhecimento e habilidades em áreas fundamentais, cujos objectivos incluem a harmonização dos métodos e práticas de inspecção para garantir uma fiscalização eficiente e padronizada em todo o território nacional”.
(AIM)
CC/sg