Maputo, 03 Ago (AIM) – A Frelimo, partido no poder em Moçambique, decidiu enviar brigadas centrais às dez províncias do país mais a cidade de Maputo para apoiarem os órgãos de base a preparar a participação desta formação política nas eleições gerais agendadas para 09 de Outubro próximo, a escala nacional.
A decisão foi tomada sexta-feira (02), em Maputo, durante a 31ª sessão ordinária da Comissão Política da Frelimo, órgão deliberativo no intervalo das sessões do Comité Central.
A sessão ordinária da Comissão Política também avaliou a actual situação política, económica e sociocultural de Moçambique.
Falando em conferência de imprensa, após o término da sessão, a porta-voz da Frelimo, Ludmila Maguni, disse que as brigadas centrais partem terça-feira (06) para as respectivas províncias e cidade de Maputo.
Maguni sublinhou que a deslocação das brigadas centrais assenta-se “dentro do espírito de união, coesão e centrado sempre no princípio de que ‘A Vitória Prepara-se, a Vitória Organiza-se’”.
No entanto, a Comissão Política reiterou a sua profunda inquietação no que toca aos raptos que assolam as cidades moçambicanas, com maior incidência na capital do país, Maputo.
Por isso, encorajou as autoridades competentes a continuarem a aperfeiçoar mecanismos na busca de soluções, face aos sequestros que afectam o sossego das famílias.
Os raptos, segundo Maguni, “comprometem iniciativas que concorrem para o desenvolvimento socio-económico de Moçambique”.
Com efeito, recentemente, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) anunciou que pelo menos 150 empresários, a maioria dos quais de origem asiática, já abandonaram o país por temerem raptos, desde que foi reportado o primeiro caso, há 12 anos.
Os raptos trazem um impacto financeiro calculado em biliões de dólares.
Alias, as brigadas centrais da Frelimo irão difundir o manifesto eleitoral aprovado durante a realização da II sessão extraordinária do Comité Central, ocorrida em Julho no município da Matola, província meridional de Maputo.
A porta-voz afirmou que o manifesto eleitoral abarca as eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais de Outubro próximo. Explicou que se trata de instrumento que materializa a visão da Frelimo de desenvolvimento nacional.
O desenvolvimento nacional, segundo Maguni, está inspirado nos anseios dos moçambicanos e considera este “ser um documento que renova a esperança dos moçambicanos para os próximos desafios e encoraja a todos a continuarem engajados em acções de consolidação da unidade nacional, paz e reconciliação”.
A 31ª sessão ordinária da Comissão Política foi dirigida pelo Presidente da Frelimo, Filipe Nyusi, que é igualmente Presidente da República.
(AIM)
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