
Maputo, 14 Ago (AIM) – A imigração ilegal acompanhada de prática de vários crimes preocupa Moçambique e Malawi, revelou o Presidente da Republica, Filipe Nyusi.
O estadista moçambicano, que falava hoje (14), em Maputo, num “briefing” à jornalistas após manter conversações oficiais com o seu homologo malawiano, Lazarus Chakwera, de visita de trabalho de dois dias ao país, disse que o assunto, entre vários outros, foi tratado no encontro entre ambos.
“Discutimos também sobre um problema que nos preocupa, como um povo: existem imigrantes que atravessam as nossas fronteiras, mas também existem aqueles malawianos e moçambicanos que vão de um lado para o outro e que se envolvem em crimes e depois ficam presos num e noutro ponto “, disse o presidente Nyusi.
Como solução, o Chefe do Estado moçambicano falou da lei de extradição, entre os dois países, aprovada pela Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, como um instrumento que vai ajudar no repatriamento dos cidadãos condenados.
“A lei aprovada recentemente vai ajudar na extradição”, disse Nyusi, referindo-se claramente aos cidadãos presos e condenados em ambos os países.
No entanto, Nyusi disse ser um assunto que ainda está a ser discutido.
O estabelecimento da paragem única num dos pontos fronteiriços entre Moçambique e Malawi também mereceu atenção especial durante as conversações.
Sobre o mesmo assunto, Nyusi disse que Malawi já possui infraestruturas adequadas para tal.
Assim, o Presidente Nyusi acredita que o projecto podia já ser implementado usando as infraestruturas malawianas.
Por sua vez, o presidente Lazarus Chakwera deixou claro que ainda haverá mais acordos de parceria a serem assinados entres os dois países, com destaque para as áreas de energia e petróleo, e transportes.
Sobre acordos no sector dos transportes aéreos, os dois países poderão estabelecer uma ligação directa, e Chakwera acredita que a medida vai aproximar ainda mais os dois países.
“Vamos assinar acordos sobre transporte aéreo porque este sector torna-nos mais próximos como países e como região”, disse Chakwera, em declarações à imprensa.
No âmbito da visita, iniciada ainda hoje (14), Chakwera será outorgado, quinta-feira (15), em Maputo, com o título de Doutor “Honoris Causa” pela Universidade Joaquim Chissano.
(AIM)
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