
Presidente do Instituto Nacional de Gestão do Risco de Desastre, Luísa Meque
Maputo, 15 Ago (AIM) – O Estado moçambicano vai receber cerca de 5,5 milhões de dólares referentes ao seguro soberano contra seca que serão desembolsados pela Capacidade Africana do Risco (CAR).
O montante visa mitigar o impacto da seca no período compreendido entre 2022-2024, e irá beneficiar cerca de 27.572 pessoas nas comunidades de todo o país afectadas pelo fenómeno.
O facto foi anunciado hoje (15), em Maputo, pelo porta-voz do Instituto Nacional de Gestão do Risco de Desastre (INGD), Paulo Tomás, a margem do III Conselho Consultivo da instituição que decorre sob lema: Engajando as Comunidades nas Acções Antecipadas Contra Desastres “.
“Tendo em conta aquilo que foram as previsões climáticas da época chuvosa passada 2023-2024 foi activado este seguro para desencadear as acções para as pessoas que foram impactadas devido a seca”, disse.
Na ocasião, a presidente do INGD, Luísa Meque apelou aos seus parceiros da instituição para redobrarem esforços na mobilização e sensibilização da população por forma a adoptar uma cultura de prevenção aos desastres.
“Gostaríamos de exortar todos os sectores do Estado que integram o sistema nacional de gestão e redução de risco e desastres para continuarem firmes na assistência que têm prestado às populações que vivem e desenvolvem actividades socioeconómicos nas zonas propensas aos impactos dos eventos extremos”, disse.
Meque explicou que o INGD continua a realizar acções antecipadas para reduzir o impacto de seca em algumas regiões do país, que incluem distribuição de sementes resistentes e abertura de furos multiusos para mitigar os efeitos deste fenómeno.
“Foram construídos alguns reservatórios escavados e também furos multiusos. No local foram construídos os furos serviam de fonte para a população tirar água, mas também de bebedores para os animais”, disse.
Também foram definidos espaços para a população aproveitar lavar a roupa no momento que se deslocam ao furo à busca de água.
Por sua vez, coordenadora residente das Nações Unidas, Catherine Sozi, disse que muito tem sido feito no país para fazer face aos eventos extremos, contudo reconhecem que ainda persistem alguns desafios.
“Só com uma cooperação forte poderemos avançar como uma sociedade. Só com uma cooperação forte poderemos continuar a colocar as pessoas em primeiro lugar através de um investimento no seu futuro, bem-estar e na sua segurança”.
Já a representante interina do Banco Africano de Desenvolvimento considera o evento uma oportunidade para debater estratégias e alinhar acções de mitigação.
“Que as discussões e decisões que aqui serão tomadas possam traduzirem se em acções concretas para fazer a diferença na vida das comunidades”.
A CAR é uma agência da União Africana concebida para melhorar a eficiência dos países africanos na resposta aos eventos climáticos extremos ou ocorrência de desastres naturais.
(AIM)
ZT/sg