
Embaixador italiano acreditado em Moçambique, embaixador italiano acreditado em Moçambique, Gianni Bardini
Marracuene (Moçambique), 29 Ago (AIM) – A Itália quer incrementar a presença de suas empresas em Moçambique, sobretudo as de pequena e média dimensão.
A maioria são empresas que operam na pesquisa e exploração de hidrocarbonetos, mobiliário, construção e acessórios, bem como no sector agrícola.
Na União Europeia, a Itália é o sexto maior fornecedor de Moçambique, com exportação de produtos estimada em 54,3 milhões de euros em 2023.
O desiderato foi expresso hoje, à AIM, pelo embaixador italiano acreditado em Moçambique, Gianni Bardini, à margem da celebração do dia da Itália no âmbito da 59ª edição da Feira internacional de Maputo (Facim 2024), evento em curso no distrito de Marracuene, província meridional de Maputo.
“O que falta aqui (Moçambique) é uma presença suficiente do tecido empresarial italiano, principalmente de médias e pequenas empresas porque aqui temos muitas oportunidades que na Itália não se conhece”, disse o diplomata.
“O que nós queremos fazer é incrementar as relações, sobretudo, a nível das médias e pequenas empresas, porque grandes empresas italianas já estão aqui tal como a ENI ou WeBuild”, sublinhou.
Bardini disse que para a materialização da ambição de juntar muitas empresas no país organiza missões empresariais, bem como participa de grandes feiras.
“A Itália está sim a chamar os empresários italianos para investir em Moçambique, através de feiras como a FACIM, com missões empresariais sectoriais onde a Agência ICE, em particular, está muito activa, sempre organizamos missões empresariais na Itália e missões empresariais italianas em Moçambique”, revelou.
Apontou que as áreas previamente mencionadas são as principais de interesse italiano, mas o sector agrícola é um que vem ganhando cada vez mais o seu interesse.
Disse também que os produtos agrícolas moçambicanos são de excelente qualidade, mas falta a capacidade de transforma-los e acrescentar o valor algo que a Itália pode ajudar para que seja uma realidade.
“Moçambique não é um país só para vir aqui e vender produtos, mas é um país para investir, estabelecer parcerias e para ter uma visão a longo prazo. Então, para isso é fundamental se juntar as empresas moçambicanas e se instalar no país”, defendeu.
Depois de ser melhor pavilhão internacional em 2022, e um dos melhores em 2023 nesta edição da Facim, a mais importante feira comercial do país, à Itália participa com 17 empresas, metade das quais novas na feira.
(AIM)
CC/sg