Vanduzi, 01 Set (AIM) – Daniel Chapo, candidato presidencial pela Frelimo, o partido no poder em Moçambique, as eleições gerais de Outubro próximo, manifestou o seu desejo de ver mais jovens envolvidos no processo de extracção de ouro na província central de Manica, como solução para o problema do desemprego.
A visão foi partilhada em comícios populares nos distritos de Manica e Vanduzi, locais onde a exploração artesanal do ouro é uma das principais actividades de rendimento das populações a julgar pelos vestígios da exploração ilegal que são notórios ao longo das montanhas, rios e dentro das comunidades.
O candidato pretende desenvolver uma iniciativa que acelere o licenciamento de garimpeiros, sobretudo jovens associados, para praticarem a actividade legalmente, tratando-se de um recurso abundante e pertencente às comunidades.
Numa província em que a mineração artesanal tem sido fonte de renda para uma franja significativa da população, Chapo realçou que é necessário atribuir espaços e licenças às associações juvenis para a exploração mineira.
“Os jovens devem ter autorização para explorarem o ouro, porque a terra é nossa e o ouro é nosso. Por isso quero dizer aos jovens e à população para votarem na Frelimo e no seu candidato para verem resolvidos todos esses problemas”, disse Chapo, no distrito de Manica.
Chapo mostrou-se agastado com as empresas que exploram ouro na província de Manica, por não honrarem seus compromissos com as comunidades que são legítimos donos dos recursos, designadamente o ouro, e advertiu que, no seu governo, caso seja eleito, não vai permitir que esses desmandos continuem a acontecer.
O candidato acusou as empresas de poluírem os rios, situação que coloca em causa o meio ambiente e a vida das populações locais, tendo em conta que recorrem à água dos rios para uso tanto na machamba como em outras situações.
Segundo o candidato, a poluição das águas do rio Pungue pelas empresas mineradoras constitui um risco à vida das populações, ao meio ambiente e a toda a biodiversidade.
“Tal como acontece em outros cantos do país, existem empresas que exploram o ouro em Manica. Essas empresas estão a explorar ouro sem benefício para as comunidades. Vamos ter que sentar com essas empresas que exploram ouro para saberem respeitar o povo. Essas empresas estão a sujar a nossa água. Não fazem nada para a população”, destacou.
Essas empresas devem saber que Moçambique é do povo e o ouro também”, sublinhou, em Vanduzi.
Para reverter a situação, o candidato apresentou-se como a solução dos problemas da província de Manica, e pediu voto para si e para a Frelimo a 09 de Outubro próximo, como oportunidade para executar os seus planos de desenvolvimento do país e de Manica, em particular.
“No dia 09 de Outubro vamos todos votar no candidato jovem. Vamos votar na mudança e renovação. Vamos escolher o candidato número dois. Daniel Chapo”, apelou Chapo, no distrito de Manica.
Chapo partilhou, igualmente, a sua intenção de colocar um banco de investimentos ao serviço da juventude, para permitir que tenham linhas de financiamento para os seus projectos de geração de renda.
Fora a exploração mineira, Chapo pediu voto as populações de Manica e Vanduzi, e em troca prometeu cumprir na íntegra o manifesto e todas as promessas que tem levado as populações, com destaque para a electrificação do Posto Administrativo de Mavonde, aumento de abastecimento de água em todo o distrito de Manica, aumento de escolas, e outras realizações.
“Vamos fazer isso em Nanga, Mavonde e no bairro Vumba. Precisamos construir e melhorar as unidades sanitárias locais, concretamente em Mavonde. Há necessidade de acelerar a eletrificação neste distrito”, disse Chapo, em Manica.
Considerou Manica e Vanduzi como regiões com um potencial turístico invejável, prometendo trabalhar para colocar os dois distritos na rota do turismo nacional.
(AIM)
PC/mz