Beira (Moçambique), 22 Out (AIM) – A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve 17 pessoas na província central de Sofala, incluindo três menores de idade, em conexão com os distúrbios ocorridos durante a manifestação de segunda-feira (21).
A PRM acabou restituindo os menores à liberdade por não serem imputáveis e as restantes 14 pessoas encontram-se nas celas.
Dos detidos consta 10 indivíduos do bairro da Munhava, seis de Massamba e um da Mobeira e são tidos como cabecilhas.
Segundo o porta-voz do Comando Provincial da PRM em Sofala, Dércio Chacate, os indivíduos detidos são residentes dos bairros da Munhava, Massamba e 15º bairro.
Os mesmos foram detidos quando tentavam colocar obstáculos ao longo da via pública, condicionando a mobilidade dos transportes semi-colectivos de passageiros nas primeiras horas da manhã, queima de pneus e outros.
“Sucede que do trabalho desencadeado pela PRM Sofala, foram intervencionadas todas as vias que estavam com essas barricadas, retiradas para garantir o fluxo normal e livre circulação de pessoas, bens”, referiu Chacate.
Em Sofala, à semelhança de outros cantos do país a vida já voltou a normalidade. Os estabelecimentos comerciais, escolas e outros sectores de actividade funcionam normalmente.
A greve geral, a nível nacional, foi convocada por Venâncio Mondlane, candidato presidencial do partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), para protestar contra o assassinato do seu assessor jurídico Elvino Dias, e do mandatário daquela formação política, Paulo Guambe.
Entretanto, a PRM apela a população, sobretudo os jovens, para não aderirem as manifestações e aguardarem tranquilamente em casa pelos resultados eleitorais.
(AIM)
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