Maputo, 05 de Nov (AIM) – A Associação Médica de Moçambique (AMM) marchou, na manhã desta terça-feira (05), na cidade de Maputo, com apelos ao respeito pela vida e defesa dos direitos humanos.
Anunciada inicialmente como uma “marcha pela saúde e pelos direitos humanos”, logo cedo Napoleão Viola, presidente da Associação Médica de Moçambique (AMM), que acabou por liderar a manifestação, avisava do entendimento com a polícia para passar o protesto a uma concentração à porta da instituição por “motivos de segurança”.
A marcha, que começou pacificamente na sede da associação, seguiu até ao Banco de Socorros do Hospital Central de Maputo (HCM), depois seguiu até Avenida Eduardo Mondlane até à estátua com o mesmo nome.
Os manifestantes ignoraram o apelo da Polícia da República de Moçambique (PRM) para que marcha não fosse além de um quarteirão alegadamente, por questões de segurança.
No troço inicial, os médicos pretendiam percorrer a volta do Hospital Central, pelas avenidas Eduardo Mondlane, Amílcar Tivane, Agostinho Neto e depois pela Salvador Allende, desaguando na sede da associação, ponto de partida.
“Correu muito bem, na medida em que os objectivos foram atingidos. Primeiro passar uma mensagem de paz, de saúde e da necessidade de melhorar a questão da segurança pública, da não violência e do respeito pelos direitos humanos”, disse Napoleão Viola, porta-voz da AMM.
A fonte explicou que, não obstante ao facto de haver muitos feridos durante as manifestações sobre resultados eleitorais e que por consequência pressionam os serviços de saúde, a marcha realizada hoje pela AMM não tinha motivação partidária.
Aliás, Viola instou, numa breve reunião de concertação com os participantes para inutilizar quaisquer panfletos com conotação partidária.
De modo geral, a marcha dos médicos, visava, entre outras, chamar atenção às vítimas que as manifestações estão a causar no país, incluindo até aos serviços de saúde, numa altura que há registo de vandalização de ambulâncias do HCM, para além de profissionais de saúde que são atingidos pelas ondas de manifestações.
(AIM)
SS/sg