
Manifestações em Maputo
Maputo, 3, Nov (AIM) – O ministro do Interior, Pascoal Ronda, declarou hoje (3), em Maputo, tolerância zero para as manifestações ilegais, convocadas pelo candidato presidencial do Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Venâncio Mondlane, para uma nova onda de protestos, por um período de sete dias, com início quarta-feira, a escala nacional.
Convocadas por Mondlane, as manifestações servem de repúdio aos resultados das VII eleições presidenciais e legislativas e das IV para as assembleias provinciais e de governador de província que ocorreram a 9 de Outubro último.
Venâncio Mondlane considera os resultados de fraudulentos.
“Estas manifestações são ilegais porque não cumprem os requisitos da lei, por exemplo a indicação dos dias de semana, horas, rotas e locais de concentração”, referiu Ronda.
O ministro adverte que estes e outros actos são contrários a lei pela sua gravidade e lesão a paz, harmonia social, a ordem, segurança e tranquilidade públicas, ao direito de livre circulação de pessoas, bens e o normal funcionamento das instituições públicas e privadas.
“O governo da República de Moçambique, através das Forças de Defesa e Segurança (FDS), vai usar todos meios à sua disposição para assegurar que se possam realizar cerimónias fúnebres, ou outras cerimónias sociais, a exemplo de casamentos, actividades religiosas e permitir que às instituições possam funcionar normalmente, incluindo a facilitação de comércio formal e informal”, referiu.
Perante esta operação, Pascoal Ronda, explica que a intervenção das FDS não deve ser entendida como uso excessivo da força.
“A intenção é repor a ordem, segurança e tranquilidade públicas, com vista a permitir que as pessoas retomem a sua vida normal “, disse o governante.
Segundo Ronda, não se deve confundir uso excessivo de força, quando as FDS empregam os seus recursos para a protecção de infra-estruturas críticas públicas e privadas.
Fez saber que o governo moçambicano se solidariza com os membros das FDS e famílias vítimas de ataques por conta das manifestações e com todos outros cidadãos que foram alvos de actos violentos.
As entidades governamentais apelam a toda sociedade, particularmente jovens para que não se deixem instrumentalizar com drogas, álcool, valores monetários e outros bens para participarem nas manifestações ilegais, violentas e subversivas.
Por outro lado, o ministro do Interior apela a sociedade civil, cidadãos moçambicanos em geral, a comunicação social e a comunidade internacional com vista a apoiar o povo a superar este momento desafiante, contribuindo na busca de soluções.
Pediu a todos os cidadãos para que sejam mais vigilantes e denunciem as autoridades competentes pessoas e actos que atentam contra paz, harmonia social, a ordem, segurança e tranquilidade públicas.
(AIM)
MR/sg