Maputo, 10 Dez (AIM) – O Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, anunciou hoje (10) em Maputo, que o sector privado regista um prejuízo calculado em 24,8 mil milhões de meticais (cerca de 388,1 milhões de dólares) como consequência dos protestos violentos reportados um pouco por todo país.
Vuma anunciou o facto em conferência de imprensa para apresentar os temas discutidos na segunda-feira durante a audiência que concedida à CTA pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.
“Levamos como agenda a questão de normalização (da situação de segurança e circulação). Agradecemos os cinco ministros que estiveram connosco e decidimos apresentar um estudo que comporta várias áreas, impacto para medidas financeiras, fiscais, administrativas e segurança “, disse.
Fez saber que a CTA deu a conhecer ao Chefe do Estado que o maior impacto das manifestações incide nos sectores do turismo, restauração e serviços.
Como consequência das manifestações violentas a maioria das reservas, nas instâncias hoteleiras, acabaram sendo canceladas pelos turistas.
Referiu que, nos últimos dias, a insegurança no corredor da N4, que liga a cidade de Maputo a Witbank, na Africa Sul, afectou a circulação de camiões no troço vila de Ressano Garcia e Porto de Maputo.
Informou que há mais de 72 horas que os camionistas estão parados, formando uma fila com uma extensão superior a 20 quilómetros do lado da fronteira sul-africana.
“Nós fomos pedir ao Presidente da República para nos ajudar na questão de normalização da economia geral e da vida social “, referiu.
“O que pedimos de forma concreta foi uma trégua enquanto decorrem outras negociações que, no seu mais alto critério, pode eleger para por fim estas questões hostis em particular para economia. Partilhamos também a situação de algumas multinacionais que estão em vias de declarar força maior”, disse
O sector empresarial também sugere ao governo para uma comunicação mais eficaz para permitir que a sociedade saiba do impacto que esta situação terá sobre os postos de trabalho.
“É preciso dar uma explicação detalhada ao microempresário, àquela mamana que usa a mercado do Zimpeto e que foi pedir empréstimo e não terá condições de retornar o empréstimo. Também não terá condições de cobrir os estudos dos filhos, comprar a sexta básica, bem como as necessidades básicas de casa”,
A CTA afirma que recebeu garantias do governo que já estão em curso algumas iniciativas de diálogo.
Perante esta situação a projecção económica de 5,5%, prevê-se que reduza para 3%, segundo previsões do Banco de Moçambique.
Entretanto, a CTA sugere ao governo tréguas enquanto decorrem os possíveis contactos.
“Nós não fomos tirar mérito da liderança, usamos a experiência que ele nos mostrou com o saudoso líder da Renamo, essa matéria de como liderar vai ser da prerrogativa do Presidente da República, vale apena olhar para esta situação da trégua “, referiu
Da parte do governo está garantida a escolta de camiões pelas das Forças de Defesa e Segurança (FDS).
Terminou explicando que não há escassez dinheiro ou falta de liquidez nos bancos. O que acontece é a falta de segurança para o transporte de valores pelo facto de vias estarem intransitáveis com todo o tipo de obstáculos.
Por isso, a CTA solicita o reforço da segurança para remover os obstáculos que estão sendo colocadas nas vias públicas.
Participaram no evento 37 empresas, que representam um pouco de todo o país.
(AIM)
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