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Matola (Moçambique), 09 Dez (AIM) – A capital moçambicana e província de Maputo iniciaram a semana de forma catastrófica, devido a escalada das manifestações que chegaram ao extremo de fechar as estradas 05h00 da manhã.
Esta decisão não tem nada a ver com o seu mentor o candidato presidencial, Venâncio Mondlane, que instruiu os seus simpatizantes e seguidores a paralisar a circulação no período compreendido entre as 08h00 horas às 16h00.
Por isso, a situação está a criar um verdadeiro caos, impossibilitando a circulação de pessoas e bens.
Os doentes não têm acesso aos hospitais, as crianças as escolas, os vendedores aos mercados, funcionários ao trabalho, entre outras limitações que colocam em causa os direitos dos cidadãos constitucionalmente consagrados.
Não há circulação de autocarros públicos e privados de passageiros principalmente para quem queira sair da Matola para a cidade de Maputo, e outros bairros periféricos.
A circulação ao longo da Estrada Nacional Numero 1 (EN1) desde a sexta-feira 05h00 da manhã é caracterizada por um congestionamento e barricadas. A EN4, também está praticamente intransitável, incluindo as vias de interligação entre os bairros no município da Matola.
Reagindo a situação, a Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) entende que não há condições para os motoristas trabalharem, considerando que até agora regista-se uma deterioração nas condições de circulação na EN1.
“Parece que há um sentimento de que as pessoas devem morrer a fome porque quando se bloqueiam as vias, a quem usa isso como sua fonte de arrecadação de receitas, estas pessoas ficam sem trabalhar”, deplorou Rodrigues Ttsucana.
Por exemplo, todos os acessos e saídas da cidade de Maputo estão praticamente bloqueados. Enquanto isso, para quem sai do distrito de Marracuene e localidade de Bobole enfrenta o dilema de transporte, devido a interrupção da circulação do comboio que faz o trajecto para cidade de Maputo, acto que exacerbou a situação dos passageiros.
“Há escassez de chapas (transporte semi-colectivo de passageiros) mesmo acordando muito cedo, desde as 05h00 estou aqui” avançou uma fonte.
Importa referir que nas paragens da Praça dos Combatentes, Praça da Juventude e Missão Roque as pessoas estão a formar filas longas na esperança de apanharem um transporte para seus postos e outros afazeres.
Ignorando as orientações de Venâncio Mondlane, os manifestantes tomaram a iniciativa de interromper a circulação na EN1, do lado da província de Maputo, em Bobole algo que, efectivamente, interrompeu o transito norte-sul, para o desespero dos utentes.
Na fronteira de Ressano Garcia, que liga o país com a vizinha África do Sul, a circulação está igualmente interrompida desde domingo.
(AIM)
PC/sg