
Presidente da República, Filipe Nyusi, conforta uma das vítimas do ciclone Chido
Maputo, 20 Dez (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, visitou sexta-feira (20) vítimas do ciclone Chido, que domingo último fustigou as províncias setentrionais de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, causando pelo menos 73 mortes e mais de 600 feridos.
Durante a sua visita nos locais de acomodação dos afectados, no distrito de Mecúfi, província nortenha de Cabo Delgado, Nyusi manifestou a sua solidariedade para com os afectados do Chido, assegurando que o governo já está a envidar esforços para aumentar o mais breve possível uma assistência alimentar e outras áreas.
“A nossa vinda é mais nos solidarizamo-nos convosco, as famílias enlutadas, mas sobretudo para viver o problema; uma coisa é ouvir e ver na mídia, mas viver o problema na real é diferente. Nós já vimos boa parte da vista aérea; acredito que (o apoio) nunca chega (para todos) neste tipo de momentos, mas a informação que nós temos é de que o apoio alimentar está a chegar, e estamos a fazer o esforço para mantermos esse ritmo”, disse.
Nyusi afirmou que o governo vai desenhar as estratégias e perspectivas para urgentemente, apoiar os afectados a se reerguer para as novas vidas bem como a reorganizar o actual cenário provocado pelo ciclone.
Como prioridade da assistência aos afectados, o governo aponta a segurança alimentar, para seguir a construção das casas.
“A outra coisa que imediatamente nos preocupa são os abrigos porque há também notificação de que nas próximas duas semanas haverá chuvas, o que significa que os que estão ao relento teremos problemas daquilo que recebem, molhar e daquilo que já têm”, facto que poderá criar ainda mais problemas sanitários.
Disse ser urgente a distribuição de tendas para abrigo provisório dos afectados, para controlar a eclosão de doenças endémicas propícias da época chuvosa que iniciou em Outubro último.
A recuperação dos estragos provocados pelo Chido deve, segundo Nyusi, ser a médio prazo, o que significa que levará pelo menos três meses, “seis meses porque se for um ano já é mais complicado”.
Sobre a construção de casas para os afectados, disse Nyusi, podem ser do mesmo tipo como as existentes na aldeia de Marocane, distrito de Ancuabe, destinadas às vítimas dos ataques terroristas que se faziam sentir em alguns distritos de Cabo Delgado.
Em Marocane, o governo construiu cerca de 1.000 casas melhoradas onde os deslocados e estão a levar as suas vidas normalmente.
“Vocês nesta província têm experiência de construções, onde o próprio cidadão participa directamente, e é apoiado em algum material básico, e se conseguirmos o material, imediatamente iremos prover para se libertar das casas de capim”, afirmou.
Chido destruiu igualmente, em todas as três províncias, mais de 149 escolas, afectou 15.429 alunos e 224 professores.
(AIM)
Ac/sg