
REVIMO. Portagem de Cumbeza. Foto de Ferhat Momade
Maputo, 26 de Jan (AIM) – A Rede Viária de Moçambique (REVIMO) anunciou este sábado que retomará a cobrança das taxas de portagem em todas as estradas sob sua gestão a partir de amanhã, segunda-feira (27).
A decisão foi anunciada através de um comunicado de imprensa que AIM teve acesso no sábado.
A suspensão das cobranças ocorreu devido às manifestações pós-eleitorais em 2024, que resultaram em actos de vandalismo contra as infra-estruturas geridas pela empresa, com manifestantes a escolherem as portagens como principais alvos, alegadamente por concordarem com as taxas cobradas.
No seu comunicado, a REVIMO defende que “as taxas garantem a manutenção das infra-estruturas e rodoviárias”, lê-se na nota.
Há dias, o ex-candidato presidencial que lidera a maior contestação aos resultados eleitorais, Venâncio Mondlane, defendeu publicamente que nenhum condutor deveria pagar a portagem num período de 100 dias.
No entanto, a Trans African Concessions (TRAC), empresa sul africana que tem a concessão da parte da estrada N4 e gestora das portagens da N4, entre Moçambique e África do Sul, retomou a cobrança das taxas, e o acto que correu em meio a agitação social.
Numa ronda na região do grande Maputo, zona metropolitana, AIM, portagens detidas pela REVIMO, AIM constatou que as cancelas estavam abertas e os automobilistas passavam livremente sem qualquer cobrança.
A portagem da Costa do Sol, colocada na zona de Chiango, na estrada circular de Maputo, as cancelas estavam totalmente escancaradas e as boxes de cobrança sem nenhum colaborador, apenas o staff administrativo.
A portagem do Zimpeto, na zona de Cumbeza, logo Depois da ponte, também estava aberta a circulação gratuita e o ambiente a volta era calmo, diferentemente do que sucede na portagem
De Maputo, onde há escaramuças, caracterizada por protestos populares que tentaram impedir a retomada das cobranças de portagem.
A portagem de Zintava, também ao longo da estrada circular, do lado do distrito de Marracuene, com pouco movimento de viaturas, também continua com as cancelas abertas.
As portagens de Maputo, já somam pouco mais de três meses que não tem nenhuma receita proveniente de pagamento de circulação de viaturas nos troços em questão, situação que está a criar embaraços a empresa e todo seu processo de gestão interno.
(AIM)
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