
Presidente do Pelouro das TIC´s e Serviços Financeiros da Confederação das Associações Económicas de Moçambique, Paulo Oliveira na conferência de imprensa. Foto de Carlos Júnior
Maputo, 28 Jan (AIM) – A Confederação das Associações Económicas (CTA) pede a intervenção do Banco de Moçambique junto aos bancos comerciais para incentivá-los a conceder moratórias aos seus clientes, através de alívio temporário às exigências prudenciais, como os limites para a constituição de provisões para imparidades e créditos vencidos.
A medida defendida pelos empresários, consta de um conjunto de propostas submetidos ao Banco Central pela CTA e visa assegurar a recuperação do sector empresarial no âmbito das manifestações pós-eleitorais.
O pacote dos empresários inclui a retoma, temporária, da disponibilização de divisas ao mercado numa porção, por exemplo, igual a 50 por cento das facturas de importação dos combustíveis.
“Entretanto, o Banco de Moçambique optou, apenas, em reduzir a taxa MIMO e os coeficientes de Reservas Obrigatórias”, disse o Presidente do Pelouro de Informação e Serviços de Comunicação da CTA, Paulo Oliveira, em conferência de imprensa havida, hoje (28), em Maputo.
O evento tinha por objectivo partilhar a posição do sector em torno das medias tomadas pelos Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique, sobre a redução da taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, e do coeficiente de Reservas Obrigatórias.
Para a CTA, a abordagem de incentivo a aplicação de moratória haveria de permitir os bancos comerciais uma maior margem de manobra para renegociar os termos de pagamento dos créditos com as empresas afectadas.
Ainda assim, a agremiação congratula a recentes medidas do Comité de Política Monetária (CPMO), do Banco Central que resultaram na redução a taxa de juro de política monetária, a MIMO, de 12,75 por cento para 12,25 por cento.
O mesmo sucede com os coeficientes de Reservas Obrigatórias para os passivos em moeda doméstica, o Metical, que reduziram de 39,0 por cento para 29,0 por cento e em moeda estrangeira de 39,50 por cento para 29,50 por cento.
Ao mesmo tempo, refere que é a favor da retoma, temporária, de disponibilização de divisas ao mercado numa porção, por exemplo, igual a 50 por cento das facturas de importação dos combustíveis.
“Apesar de se tratar de uma medida positiva, que vem trazer algum alívio ao mercado e recuperar a confiança, ela peca por ser bastante conservadora, diferentemente da postura assumida no momento da subida da mesma, onde duplicou”, disse Oliveira.
(AIM)
SC/sg