
Maputo, 06 Fev (AIM) – A ministra do Ministério da Educação e Cultura, Samaria dos Anjos Tovela, garante que a distribuição do livro escolar, um processo já em curso em todo território nacional, poderá estar concluído até finais de Março próximo.
Tovela explicou, porém, que o sector o sector não dispõe de livros de Português e Ciências Socias da 4ª classe e, para fazer face, vai distribuir fichas para que os professores e os alunos possam trabalhar com elas.
“Estamos a trabalhar de forma que no máximo, até finais de Março, o livro esteja em todas as escolas”, disse a ministra à margem da cerimónia do lançamento de um livro intitulado Desafios para Moçambique 2023-2024, hoje (06) que teve lugar hoje, em Maputo.
Questionada sobre o problema das turmas que frequentam aulas ao relento, a governante respondeu que o sector está a desdobra-se para reduzir as mais de 800 turmas que têm tido aulas debaixo da sombra de árvores.
É um problema que afecta todo o país, algo que, segundo a governante, resulta, por um lado, da expansão do sistema do Sistema Nacional de Ensino e, por outro, do número crescente de alunos.
“Agora vamos ter que ver o que é que nós podemos desviar daqui para ali. Não é um trabalho que nós vamos conseguir fazer em dois, três, quatro meses, mas isso está na agenda, é o que nós queremos fazer, é o que o governo está apostado a fazer, é melhorar as condições de aprendizagem no país”, disse.
Já o director do Instituto de Estudos Socias e Económicos (IESE), Euclides Gonçalves, discursando na cerimónia do lançamento do livro, disse que o obra Desafios para Moçambique 2023-2024 abre um espaço para diálogo e reflexão entre os moçambicanos.
“A primeira oportunidade que esta série apresenta, para nós como moçambicanos, é uma oportunidade de reflexão. Particularmente neste momento que é um momento de urgências, é um momento de urgências para a intervenção social, é um momento de urgências para projectos de transformação social, precisamos de encontrar espaços para reflectir”, disse.
Destacou que “Precisamos de encontrar espaços para reflectir sobre o conhecimento que nós temos, que nós produzimos, que nós assumimos que temos e precisamos de actualizar esse conhecimento. Precisamos de alinhar esse conhecimento com as novas dinâmicas que evoluem no dia-a-dia da sociedade moçambicana”.
Goncalves sublinhou que é preciso engajar os saberes uns dos outros, para efeito torna-se necessário realizar eventos em espaços públicos abertos a um público amplo, não se limitando apenas ao espaço académico.
“A intenção é fazermos destes eventos públicos lugares e momentos de interacção de saberes. Há vários saberes, há vários conhecimentos e Moçambique não se pode dar ao luxo de continuar a manter os seus saberes em compartimentos distantes”, disse.
O livro “Desafios para Moçambique 2023-2024” é composto por 17 artigos e versam sobre política, economia, sociedade e Moçambique. A obra foi produzida por 25 autores, dos quais 15 são moçambicanos.
(AIM)
SNN/sg