
Maputo, 18 Fev (AIM) – A distribuição do Livro Escolar já atingiu perto de 47 por cento da meta em todas as escolas primárias e secundárias de Moçambique
O processo iníciou em Janeiro e deverá terminar em finais de Março próximo.
O facto foi confirmado pelo porta-voz do governo, Inocêncio Impissa, que apontou as chuvas como principal causa do atrazo, que compromete o transporte para s escolas abrangidas.
Impissa, que igualmente é ministro da Administração Estatal e Função Pública, falava no habitual briefing à imprensa, minutos após o fim da 5ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, evento que teve lugar hoje na capital moçambicana, Maputo.
“O processo de transporte para os locais para os locais onde os livros devem ser alocados, está a ter alguma dificuldade, no entanto, como dissemos e fizemos referência anteriormente, estão já nos distritos”, disse.
Até hoje, segundo Impissa, o governo distribuiu cerca de cinco milhões de livros, o que significa que estão por distribuir cerca de sete milhões de livros.
Relativamente aos livros com defeitos pedagógicos, Impissa assegurou que o Ministério de Educação e Cultura (MEC) está a efectuar um profundo trabalho para apurar a verdade por detrás das gafes.
“Eu ia pedir que déssemos algum tempo ao sector para ver se o sector se encontra primeiro, se concentra e perceba efectivamente o que é que estará a acontecer neste xadrez da produção de livros escolares, como se definem as operadoras, como se definem as edições, textos, entre outras medidas”, disse Impissa.
Em 2022, livros da 5ª e 6ª classes do sub-sistema de educação geral, incluindo de outras classes, transportavam erros, desde ortográficos, localização geográfica de locais, síntese, até dos conteúdos inadequados e descabidos sobre algumas personagens constantes nas páginas que foram despoletados após os livros terem sido postos a circular.
As disciplinas de Ciências Sociais da 5ª e 6ª classes é que continham um maior número de erros, facto que, em Janeiro de 2024, fez com que o Gabinete Central de Combate contra à Corrupção (GCCC) a suspeitar de corrupção e outros actos criminosos.
Na altura, após descobrir que os editores haviam subornado funcionários do Ministério, o GCCC abriu processo crime contra nove funcionários afectos ao Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação, Departamento, de Gestão do Livro Escolar e Materiais Didácticos, Direcção Nacional do Ensino Primário, Direcção de Administração de Finanças, Departamento de Aquisição.
A investigação abrangeu igualmente as três editoras responsáveis pela produção dos referidos livros.
No entanto, Impissa disse ser uma preocupação que “tem estado a ser anotada com a devida cautela para evitar que nos futuros casos voltem a acontecer casos similares”.
O MEC gere 13.633 escolas primárias e 673 escolas secundárias públicas.
(AIM)
Ac/sg