
Instituto Nacional de Saude. Foto INS
Maputo, 17 Fev (AIM) – O Instituto Nacional de Saúde (INS) vai passar a formar agentes de saúde pública dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Com efeito, o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (África CDC), distinguiu e reconheceu recentemente o INS como instituição de excelência para a formação de profissionais de saúde, dada a sua experiência consolidada, aliada à existência de um número considerável de especialistas na área.
A informação foi avançada hoje, em Maputo, pelo director da Divisão de Formação e Comunicação em Saúde Pública no INS, Rufino Gujamo, no espaço “Café da Manhã” da Rádio Moçambique, emissora nacional.
Gujamo disse que a indicação da instituição como centro regional de referência representa o reconhecimento internacional do país no domínio da formação em saúde.
“O segundo benefício que me parece importante é o reconhecimento internacional das instituições de saúde pública do nosso país e, particularmente, do INS, o fortalecimento do prestígio do nosso país em geral e do sector da saúde em particular no domínio, da saúde pública, o alargamento das oportunidades de formação especializada, dos profissionais de saúde em Moçambique”, disse Gujamo.
Frisou que a distinção do INS como centro de excelência também representa o alargamento das oportunidades de formação especializada.
“Esta distinção vem abrir um leque de oportunidades de formação especializada em saúde pública não só para os países africanos de língua oficial portuguesa, mas também para os profissionais de saúde do nosso país e, por esta via, estaremos a contribuir para o fortalecimento do nosso sistema de saúde”.
A fonte disse que para melhor respondera missão que lhes foi colocada pelo África CDC num contexto marcado também por desafios de saúde pública, a primeira receita vai ser a planificação apropriada.
“É importante olhar para este novo desafio como uma oportunidade para o reforço do nosso sistema de saúde porque o centro de excelência regional do África CDC vai fortalecer a formação em saúde pública também dos profissionais do nosso país”, referiu.
O centro de excelência vai abrir novas oportunidades do ponto de vista de acesso a uma vasta rede de especialistas internacionais num contexto da inserção do instituto nesta rede de escolas nacionais em saúde pública.
Por isso, disse Gujamo, “estamos a crer que sairemos verdadeiramente fortalecidos com esta indicação como centro regional de excelência para a área de formação”.
Gujamo arrolou as principais funções dos centros regionais de excelência da África CDC, servir como hubs regionais para assistência técnica entre os pares, para a formação e também para a mentoria; apoiar os Estados-membros no desenvolvimento ou no fortalecimento das funções essenciais de saúde pública, incluindo a vigilância, a investigação de surtos, os sistemas de laboratório e investigação.
Acrescentou ainda, facilitar a partilha de conhecimentos e melhores práticas para a harmonização das políticas e programas de saúde a nível do continente e colaborar com a África CDC na implementação de iniciativas regionais de capacitação.
Explicou que o INS tem 40 doutores na área de saúde pública e afins, pouco mais de 100 mestres neste domínio, actualmente temos perto de 40 funcionários e colaboradores em programas de doutoramento o que significa que nos próximos quatro ou cinco anos poderá duplicar o número de doutores ao nível da instituição e estes números colocam claramente INS como Instituto de saúde pública com o maior corpo de doutores e mestres ao nível dos países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
(AIM)
FG/sg