
Manifestações violentas em Moçambique
Maputo, 02 Mar (AIM) – Pelo menos sete mil moçambicanos que se encontravam refugiados no vizinho Malawi, na sequência das manifestações violentas convocadas pelo então candidato à presidência nas eleições de 09 de Outubro passado, Venâncio Mondlane, estão de regresso ao país.
Trata-se dos cidadãos dos distritos de Morrumbala, na província da Zambézia, e Mutarara e Doa, em Tete, no centro de Moçambique, que estavam refugiados em Nsanje e Chikwawa, sul do Malawi.
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Segundo a Rádio Moçambique (RM), a emissora pública, o repatriamento dos mais de sete mil moçambicanos iniciou este sábado (01) e a previsão da conclusão da operação esperava-se para este domingo.
A evacuação das pessoas deveria ter iniciado na passada quinta-feira, mas as autoridades moçambicanas viram-se obrigadas a adiar com o processo, devido à subida do caudal do rio Chire, que não oferecia segurança para a navegabilidade do Malawi para Moçambique, refere a RM.
O repatriamento está a ser conduzido pelo Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres de Moçambique INGD), juntamente com a contraparte malawiana, e várias outras organizações ligadas aos refugiados.
O director da Divisão de Prevenção e Mitigação no INGD, César Tembe, garante que estão criadas as condições para assistência aos moçambicanos.
“Para as famílias que por qualquer razão poderão não ter a casa em condições de habitabilidade, vamos montar tendas e vão ficando de forma provisória enquanto se cria outro tipo de condições. Também reposicionamos outro tipo de bens de assistência como mantas, redes mosquiteiras, que também vamos poder apoiar as famílias para poderem se reerguer, já em território nacional”, disse Tembe, citado pelo emissor nacional.
Por sua vez, o administrador do distrito de Morrumbala, na Zambézia, João Nhambessa, assegurou estarem criadas as condições para receber as famílias de volta às suas zonas de origem,
(AIM)
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