Chapo lança projecto habitacional bilionário para a construção de perto de seis mil casas

Maputo, 02 Abr (AIM) – O Presidente da Republica, Daniel Chapo, lançou hoje um projecto habitacional, intitulado Cidade-Jovem, orçado em mais de dois biliões de dólares, para a construção de perto de seis mil casas para jovens moçambicanos.

O projecto, a ser executado pela empresa Phoenix International Group, de capitais chineses, prevê a construção de vários tipos e terá uma duração de dois anos e meio.

Chapo afirmou que o projecto irá criar cerca de 25 mil postos de emprego no período máximo da sua implantação, contribuindo significativamente para a redução da pobreza nas famílias dos envolvidos, e, sobretudo, nos arredores, dos quais cerca de 1.500 já se beneficiaram neste momento na fase das indemnizações de benfeitorias que a empresa já fez, limpeza do terreno.

O projecto, que será construído no bairro da Costa do Sol, enquadra-se na materialização da promessa feita pelo estadista durante a campanha eleitoral e da política de habitação que prevê a promoção e facilitação, por parte do governo, de investimentos nacionais e estrangeiros para a construção de complexos habitacionais acessíveis para todos os segmentos da nossa população, incluindo as camadas de baixa renda.

“O principal objectivo desta política é facilitar a provisão de habitação adequada e um ambiente de vida saudável para a nossa juventude, a um custo acessível a todos os grupos sociais, principalmente aos jovens, promovendo uma habitação de qualidade, mas a baixo custo”, disse o chefe do estado, durante o evento lançamento do projecto.

Chapo garantiu que o projecto em todas províncias de Moçambique considerando a realidade de cada local. Embora não tenha revelado o preço de cada casa, fez questão de repetir que serão acessíveis para os cidadãos.

“Este é apenas um acto de lançamento do Projecto na nossa capital, Maputo, mas a nossa visão e objectivo é fazer uma réplica deste tipo e nível de habitação ou ainda mais adequada a cada local e ao poder de compra de cada local, em todo o país, ao longo deste quinquénio que o povo moçambicano nos confiou para dirigir”, assegurou.

Afirmou que o “projecto que vai contribuir para o aumento da quantidade e qualidade da habitação e respeitar a salvaguarda ambiental como aqui dissemos, com valas de drenagem, para que não haja cheias e inundações nesta zona, e o projecto foi desenhado com todo o respeito a estes aspectos para o desenvolvimento sustentável do projecto”.

Acrescentou que cerca de 1.500 ‘mamanas’ (senhoras) já estão a trabalhar na fase de mobilização de equipamento que está no local da execução do projecto para o aterro.

O estadista moçambicano saudou a empresa por acautelar a componente de responsabilidade social no apoio à comunidade local, através da disponibilização de equipamentos e insumos à associação de pescadores prometidos durante a consulta comunitária.

“A comunidade local, que, na sua maioria são pescadores, terão barcos, frigoríficos, carrinhas para transporte de pescado para venda no mercado, entre outras acções de responsabilidade social da empresa”, disse.

Para além da componente habitacional, o projecto contempla também a construção de um centro comercial, restaurantes, locais de diversão para todas idades, torres e, sobretudo, uma torre panorâmica de toda cidade de Maputo, e zonas de passeio.

Já o representante da empresa Hong Kong Phoenix International Group disse que a empresa vai aplicar a tecnologia de construção de ponta para criar uma comunidade moderna dotada de soluções de energia verde e sistemas inteligentes.

Disse ainda que um das mais belas e ambiciosas cidades modernas da África será construída naquele local e que com a conclusão do projecto,  prevê-se a distribuição de 5.600 unidades habitacionais,  capazes de beneficiar dezenas de milhares de cidadãos.

“Desejamos que estas novas habitações sejam o início de uma vida digna e feliz para milhões de outras famílias,  testemunhas vivas de um novo capítulo no desenvolvimento urbano de Moçambique”, concluiu.

(AIM)

SNN/sg