
Maputo, 21 Abr (AIM) – O ministro da Saúde, Ussene Isse, afirma que o governo moçambicano quer garantir um atendimento mais célere, humanizado e eficiente, com impacto directo nos indicadores de saúde e na confiança dos utentes no Serviço Nacional de Saúde.
Para o efeito, o governante procedeu a abertura oficial do curso de formação de 90 novos médicos especialistas, nas áreas de cirurgia, ortopedia, radiologia, oftalmologia, endocrinologia, medicina interna, cardiologia, neurocirurgia, entre outros, em todo o país, dos quais 48 no Hospital Central de Maputo e os restantes nos Hospitais Centrais da Beira e Nampula.
“Com mais especialistas no sistema, conseguimos garantir um atendimento mais célere, humanizado e eficiente, com impacto directo nos indicadores de saúde e na confiança dos utentes no nosso Serviço Nacional de Saúde”, disse o ministro, hoje (21), em Maputo, durante a abertura oficial do curso de formação de novos médicos especialistas.
Realçou que o aumento do número de médicos especialistas contribuirá significativamente para a redução da sobrecarga que actualmente recai sobre os poucos profissionais existentes, permitindo, assim, uma melhor distribuição do esforço clínico e maior qualidade na prestação dos cuidados de saúde à nossa população.
“Aos 48 novos médicos residentes, que ora iniciam esta jornada em 15 especialidades clínicas, cirúrgicas e de saúde pública, gostaria de salientar a importância da ética, do profissionalismo e do respeito incondicional pela vida humana. Lembrai-vos sempre de que, por detrás de cada diagnóstico, há uma pessoa com uma história, medos e esperanças”, apelou.
Reiterou o compromisso do Governo em continuar a priorizar a formação de especialistas e apelou a todos para o contínuo e activo envolvimento nas acções de formação médica, de forma a dar uma resposta colectiva aos desafios do país.
Na ocasião, o titular da pasta da saúde manifestou a preocupação do executivo moçambicano com a qualidade de atendimento nos hospitais do país e reiterou o compromisso do governo no resgate da ética e deontologia profissional no sector da saúde.
“Mais do que números, interessa-nos a qualidade dos especialistas colocados nas unidades sanitárias, aliados ao respeito pelos princípios éticos que norteiam a medicina”, disse.
Por sua vez, o Director-Geral do Hospital Central de Maputo, Mouzinho Saíde, disse que o processo de formação visa suprir as necessidades que o país tem de formação médica especializada.
“Como sabeis, ainda temos, no nosso país, o apoio de médicos especialistas de outros países e por isso, para suprir estas áreas de necessidade, o Ministério da Saúde e a Ordem dos Médicos têm este processo de formação de médicos especialistas para garantir que de facto o número de especialistas possa ser incrementado com qualidade, ética, de ontologia e fundamentalmente uma formação que seja bastante humanizada”, disse.
Revelou que o HCM, neste momento, vai formar médicos para as áreas de cirurgia, ortopedia, radiologia, oftalmologia, endocrinologia, medicina interna, cardiologia, neurocirurgia, portanto, todas as áreas críticas e importantes para a intervenção no Hospital Central estão abrangidas nesta formação e esperamos que depois de 5 anos possamos ter 48 novos especialistas formados para a prestação de cuidados de saúde ao nosso povo.
Refira-se que o Ministério da Saúde em colaboração com a Ordem dos Médicos de Moçambique o sistema graduou, em 2024, 65 novos médicos especialistas.
(AIM)
SNN/sg