
A Light for the World doa microscópio cirúrgico oftalmológico e consumíveis ao Serviço de Oftalmologia do Hospital Central de Maputo (HCM). Foto de Carlos Júnior
Maputo, 13 Mar – A organização não governamental Light for the World ofereceu hoje (13) equipamento e consumíveis médicos para o Serviço de Oftalmologia do Hospital Central de Maputo (HCM), uma iniciativa que visa reforçar a capacidade de provisão de serviços à população.
O equipamento, avaliado em sete milhões de meticais (cerca de 10 mil dólares) inclui microscópios e lâmpadas de fenda fixas e portáteis, Oftalmoscópio directo e indirecto e consumíveis, como lentes intra-oculares.
“O nosso apoio tem sido no fornecimento de consumíveis e material médico, assim como na área de desenvolvimento de recursos humanos para o sector de oftalmologia, com o enfoque para a formação de subespecialistas, assim como na criação das condições para que essa formação tenha a melhor qualidade possível”, disse esta quinta-feira (13), em Maputo, o director nacional da Light for the World, Zacarias Zicai, durante o evento.
O equipamento, adquirido com o apoio de doadores, vai permitir ao serviço de oftalmologia, maior rapidez no atendimento aos doentes.
“Em relação ao equipamento portátil, vai servir para questões de tratamento do glaucoma, assim como para a oftamologia pediátrica. Além disso, vai facilitar o ensino, por estar equipado com acessórios de monitores que permitem ao oftalmologista ensinar e monitorar os colegas que estiverem a realizar os procedimentos de cirurgia”, disse.
Zacai asseverou que vai a sua organização continuar a trabalhar para a provisão de mais equipamentos e material médico ao HCM, entretanto e espera que esta unidade hospitalar assegure a devida conservação do mesmo.
Já, Mariamo Mbofana, directora nacional do Serviço de Oftalmologia, disse que o equipamento vai fazer diferença, numa altura que coincide com a recente inauguração do laboratório de simulação cirúrgica de oftamologia a 3 de Março corrente, direccionado para os médicos residentes em oftalmologia, ou seja, os que se encontram em formação médica pós-graduação com vista a se tornarem especialistas em oftalmologia,.
“Isto significa que nenhum médico residente em oftalmologia vai pegar um olho vivo antes de treinar a sua mão num olho animal, isso é um grande avanço, e depois de quatro anos, vai se tornar num especialista em oftalmologia, apto para operar tranquilamente, por exemplo, uma cirurgia de catarata”, explicou.
A directora nacional do Programa Nacional de Oftalmologia, Lígia Munguambe, enalteceu a contribuição da organização ao longo dos últimos 10 anos, no desenvolvimento e materialização da saúde ocular em Moçambique, não só em termos de provisão de equipamentos, como também, em relação à formação de recursos humanos e advocacia.
“Manifestamos a nossa gratidão porque a Light for the World, tem sido um parceiro que realmente gostamos, e é convosco que nós conseguimos materializar os nossos programas, servindo a todas as pessoas do país, uma vez que os pacientes das províncias são transferidos para o HCM”, disse.
Por sua vez, o director-geral do HCM, Mouzinho Saíde, disse haver esperança, para que, de facto, este equipamento possa fazer a diferença, servindo àqueles a quem esteja destinado. Para o efeito, é necessário que seja bem conservado, para beneficiar o maior número possível de pacientes, o que irá imprimir um novo dinamismo.
(AIM)
NL/sg