
Presidente da República, Daniel Chapo, recebe delegação do Fórum Mulher
Maputo, 02 Mai (AIM) – O Fórum Mulher, uma organização de sociedade civil moçambicana de mulheres, manifestou hoje a sua disponibilidade e abertura em fazer parte do compromisso político para um diálogo nacional inclusivo, cuja fase de implementação foi recentemente lançada pelo Presidente da República, Daniel Chapo.
Num breve contacto com a imprensa, hoje em Maputo, minutos após uma audiência concedida pelo Chefe de Estado, a presidente do Fórum Mulher, Rafa Machava, disse ser pertinente discutir formas da participação feminina no diálogo, incluindo a inclusão dos direitos das mulheres, no Compromisso.
“Expomos as nossas preocupações que têm a ver com a questão do diálogo inclusivo; nós as mulheres filiadas em todo o país ao Fórum Mulher, queremos ser parte integrante da inclusão na questão do diálogo pós-eleitoral”, disse.
O Chefe de Estado, segundo Rafa Machava, acolheu com entusiasmo e com gratidão a proposta da participação activa da mulher no diálogo, sublinhando de seguida que Chapo tem muita confiança nas mulheres.
“Disse muito mais ainda, que ele tem muita confiança nas mulheres. Daí que ele tem uma Primeira-ministra; tem uma mulher ministra das Finanças, que confiou a ela a gestão de todo o dinheiro do país, porque confia muito nas mulheres”, vincou.
Segundo Machava, o Fórum expressou a sua preocupação pelo facto de ainda não se ter alcançado a paridade de género nos cargos no Estado, que ainda não são ocupados pelas mulheres.
“Nós dissemos que não basta, não basta termos só a Primeira-ministra, não basta ter só a presidente da Assembleia da República; precisamos de mais mulheres com legitimidade para estar nos lugares de tomada de decisão”, vincou.
Rafa Machava fez questão de recordar que houve mandatos em que as mulheres no governo se aproximavam a 50 por cento, mas no actual mandato o Fórum nota com preocupação um recuo.
“Não deixamos de apresentar esta preocupação, que é uma preocupação legítima e o senhor Presidente também reconheceu que sim, mas que é um processo. Disse que continuemos a trabalhar, que ele está aberto e esta abertura nos acalentou bastante, estamos felizes”, afirmou.
Questionado sobre a actual situação da mulher no país, a presidente do Fórum disse que “não está bem, mas também não está pior, agora nós também precisamos de trabalhar para que a mulher seja mais visível, nós precisamos de trabalhar para que as mulheres possam ser parte integrante da resolução dos conflitos do país”.
(AIM)
Ac/sg