Juventude deve participar na busca de soluções para os problemas que o país enfrenta

Maputo, 13 Ago (AIM) ‒ A primeira-ministra, Benvinda Levi, reitera que os jovens devem assumir um maior protagonismo na resolução dos desafios que o país enfrenta, garantindo o contínuo investimento do Executivo na criação de condições que assegurem a sua promoção.

Levi falava na manhã de hoje (13) em Maputo, na abertura da Cimeira da Juventude, organizada pela Plan International e a Associação Moçambicana para o Desenvolvimento da Família (AMODEFA) no quadro das comemorações do dia internacional da Juventude, assinalado quarta-feira.

“A vossa participação tem que ser não apenas com críticas ‒ as críticas são necessárias e quem está à frente dos Estados, dos governos, deve conhecer as vossas posições, ‒ mas também das vossas ideias de como fazer melhor” disse, e continuou.

“Melhor ainda, da vossa participação activa na busca e implementação de soluções para a resolução dos problemas que vocês identificam. Portanto, nada se deve fazer sem vós, sem a vossa participação, mas a vossa participação tem que ser na construção das soluções que pretendem”,acrescentou.

Para o efeito, Levi garante que o governo continuará a trabalhar para que os jovens tenham o espaço que merecem, salvaguardando sua saúde, educação e bem-estar.

“Conscientes desta realidade, como governo, reiteramos o nosso compromisso e determinação em continuar a investir e criar condições que assegurem o acesso à educação, à saúde, ao emprego e à participação dos jovens na vida política, económica e social.

A governante sublinhou as iniciativas que o executivo tem vindo a organizar “com impacto directo na vida de adolescentes e jovens, caso dos programas Geração BIZ e Eu Sou Capaz, direccionados para a área da saúde sexual e reprodutiva; os programas da formação profissional, o Fundo de Desenvolvimento Económico Local (FDEL); Meu kit, meu emprego; Acredita  emprega; e o Prémio Jovem Criativo”.

Destacou, ainda, o início a 11 de Agosto, do inquérito sobre o Orçamento Familiar (IOF 2025), que vai decorrer durante 12 meses, em todo o país, que visa apurar e actualizar os dados socioeconómicos do país e aprimorar os mecanismos de formulação de políticas públicas e programas sectoriais do governo.

“Através deste inquérito teremos estatísticas sobre emprego, desemprego, subemprego, turismo, insegurança alimentar, indicadores de pobreza outros elementos essenciais, pelo que apelamos a todos os moçambicanos, e aos jovens em particular, a participarem massivamente neste importante inquérito, que irá permitir adoptar medidas e acções que concorram para a melhoria das condições de vida de todos os moçambicanos”.

Já o director interino da Plan International Moçambique, Luís Paulo, sublinha que os jovens enfrentam “desafios enormes, como o desemprego, oportunidades económicas limitadas, abandono escolar, especialmente entre raparigas, devido a gravidezes precoces e indesejadas, uniões prematuras e dificuldades no acesso aos serviços de saúde”.

No entanto, apesar dos desafios, Paulo enaltece o facto de o país dispor de “políticas e estratégias importantes para a promoção das raparigas, como a Política da Juventude, a Estratégia Nacional da Juventude, a Estratégia Regional de Saúde Sexual e reprodutiva entre outros,” sob os quais a Plan internacional tem estado activamente envolvida no seu apoio e implementação.

Terminou reiterando o compromisso da Plan International na promoção da juventude, em colaboração com o governo e outras entidades.

“Renovamos o nosso compromisso de trabalhar em estreita ligação com o governo, com as organizações da sociedade civil, líderes comunitários, acima de tudo, com os próprios jovens, para que juntos possamos promover a melhoria na qualidade de vida dos jovens, em particular relacionado à igualdade de género, acesso à saúde sexual e reprodutiva, educação de qualidade inclusiva, promoção de oportunidades e habilidades para empregabilidade e empreendedorismo juvenil”, finalizou.

A cimeira da juventude, um evento de dois dias, reúne jovens de todas as províncias de Moçambique, de países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) sob lema “Jovens construindo uma África de direitos e oportunidades”.

O evento tem por objectivo “ampliar as vozes e vivências dos jovens dos países da SADC, promovendo um espaço de construção conjunta de soluções lideradas por jovens e, ainda, reforçar o compromisso colectivo com os direitos sexuais e reprodutivos, o empoderamento, o empreendedorismo e a liderança juvenil sustentável”.

(AIM)

XM/sg