Maputo, 21 Set (AIM) – O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que o país está a apostar na expansão e modernização da rede de observação meteorológica através da iniciativa “um distrito uma estação meteorológica.”
Como resultado dessa iniciativa, segundo Nyusi, dos 154 distritos, 88, o equivalente a 57 por cento, já possuem estações meteorológicas
O Chefe do Estado moçambicano, que falava quarta-feira (20), em Nova Iorque, na Assembleia Geral das Nações Unidas, disse que “num processo de adaptação às mudanças climáticas, o sistema de aviso prévio é indispensável e desempenha um papel crucial na redução da vulnerabilidade e no aumento da resiliência das comunidades.”
Explicou que o ciclone tropical “Freddy”, que apesar da sua forte magnitude, em Moçambique, não causou mortes acentuadas relativamente a outras regiões por onde passou devido à prontidão e ao sistema de aviso prévio instalado no país, embora precise de expansão.
Referiu que no âmbito da observação meteorológica começou-se, com o apoio do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), a implementar um projecto de instalação de três radares meteorológicos.
O primeiro tem um raio de 400 quilómetros de alcance e já foi instalado no centro do país.
Contudo, disse Nyusi, o país precisa de um total de sete radares para fazer cobertura plena de observação em todo o território.
Revelou que em 2022, em Maputo, os governos dos países da África Austral adoptaram a Declaração de Maputo para o estabelecimento de um sistema integrado de aviso prévio.
No mesmo ano assinaram uma outra Declaração de Maputo para a protecção e conservação da Floresta de Miombo, um ecossistema importante no sequestro do carbono.
“Em Moçambique temos um leque de programas em implementação planificados para a protecção da biodiversidade marinha e terrestre, onde se destaca a plantação de mangal”, afirmou.
Revelou ainda que a nível da transição energética, por exemplo, na produção de energia eléctrica, cerca de 70 por cento de energia produzida em Moçambique vem de fontes hídricas, 14 por cento do gás natural, e na produção de energia solar “saímos de zero megawatts (MW), em 2011, para 82.2 em 2022.”
(AIM)
Samuel Nhamurave (SNN)/mz