Maputo, 27 Fev (AIM) – Um cidadão de nacionalidade portuguesa, 54 anos de idade, encontra-se detido em Maputo acusado de burlar 13 moçambicanos.
Para lograr os seus intentos, o mesmo trabalhava com dois moçambicanos que se encontram em parte incerta.
O suspeito, com a ajuda dos seus comparsas, cobrava as suas vítimas 60 mil meticais (cerca de 940 dólares) a cada indivíduo para garantir um suposto emprego em Portugal.
“Este individuo ter-se-á juntado a mais dois cidadãos moçambicanos que iam aliciando alguns cidadãos interessado sem ingressar no mercado de emprego, de preferência no mercado internacional, que é Portugal”, explicou o porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), Hilário Lole, em conferência de imprensa havida hoje (17), em Maputo.
Para o efeito, “exigia valores monetários de forma faseada até um montante de 60 mil meticais para o processo todo, por cada cidadão. Em Portugal prometia empregos nos ramos de hotelaria, serralharia e carpintaria”.
Entretanto, disse Lole, durante o curso das negociações alguns indivíduos foram se apercebendo de algumas situações anormais, visto que só foram exigidos os passaportes e cópias de bilhete de Identidade. Não houve nem mais passo a não ser a cobrança de valores adicionais sempre que contactavam os suspeitos para exigir satisfações .
Por seu turno, o suspeito refuta todas as acusações e atira culpa para um cidadão moçambicano, de nome Herminio, que lhe teria contactado para ajudá-lo a encontrar uma solução para este caso.
“Eu tenho uma empresa de consultoria em auditoria e contabilidade e também em recursos humanos. O que acontece, este senhor o Herminio, conheci no Maputo Shopping e durante o fim-de-semana andou a assediar-me a dizer que queria estar comigo e não apareceu e manda-me este cidadão com os 13 passaportes para ver se eu tinha uma solução” disse.
Contudo, o indiciado insiste e diz ter a possibilidade de conseguir estágios profissionais em Portugal, onde já estão nove moçambicanos que se deslocaram sem ter pago nada a ele.
“Há possibilidades, já estão lá nove pessoas para estágio, essas pessoas são amigas não pagaram absolutamente nada”, afirmou
O SERNIC acredita que poderão existir mais vítimas em conexão com esta burla e assegura que já efectuou diligências junto do Serviço Nacional da Migração para aferir a legalidade do indiciado no território nacional e da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) para apurar a sua situação criminal em Portugal.
O SERNIC adverte que este tipo de legal de crime tende a ganhar espaço no território nacional e os criminosos têm usado algumas pessoas de nacionalidade estrageira para convencer com maior facilidade as suas vítimas.
(AIM)
ZT/sg