
Danos causados pelas inundações na cidade de Maputo
Maputo, 27 Mar (AIM) – As vítimas das inundações na província de Maputo, sul de Moçambique, pedem às autoridades competentes a atribuição de espaços seguros para habitação.
Trata-se de famílias que ficaram desalojadas e, actualmente, estão alojadas em centros transitórios na sequência da chuva intensa que se registou nos últimos dias na capital moçambicana e província de Maputo.
Dados preliminares divulgados pelo Conselho Municipal da Cidade da Matola(CMCM) indicam que a nível desta autarquia foram desalojadas pelas enxurradas pouco mais de 400 famílias, o equivalente a cerca de duas mil pessoas, das mais das quatro mil afectadas.
Em contacto mantido com o governador da província de Maputo, Manuel Tule, que visitou alguns centros transitórios de acomodação dos municípios da Matola e Marracuene, as vítimas da intempérie sublinharam ser insustentável permanecer onde estão instaladas agora as suas residências por causa das cíclicas inundações.
“O que queremos é que nos dêem um lugar seguro porque estamos a sofrer com as cheias todos os anos. Essa é minha inquietação e o meu grande objectivo é sair do lugar onde estou porque o lugar para eu dormir por pedi nas casas vizinhas”, referiu a representante dos afectados, citada pela Rádio Moçambique, emissora nacional.
Na ocasião, o governador da província de Maputo garantiu que o governo está a trabalhar no sentido de identificar áreas seguras para um possível reassentamento de algumas vítimas das inundações.
“Nós não podemos anualmente voltar para os mesmos locais e com as mesmas pessoas tratar assuntos semelhantes. Estamos a dialogar com as comunidades, estamos a disponibilizar terrenos, tempos espaços em zonas seguras para as pessoas construírem as suas casas”, anotou.
O governante deu a garantia no âmbito das acções em curso visando o reassentamento das vítimas das inundações na sequência das últimas chuvas que se fizeram sentir nesta região do país desde a madrugada de domingo (24), que se traduziram numa precipitação de 150 mililitros em 24 horas, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia.
(AIM)
FG/sg