
Foto família com novos adidos de defesa
Maputo, 26 Abr (AIM) – O ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, acredita que os países da região vão continuar a prestar o seu apoio a Moçambique, para exterminar o terrorismo que assola alguns distritos da província de Cabo Delgado, apesar do anúncio da saída da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM, sigla em inglês).
Intervindo durante a cerimónia de acreditação de oito adidos de defesa, Chume destacou os avanços alcançados no Teatro Operacional Norte, sobretudo na redução e desactivação das bases dos terroristas em Cabo Delgado, afirmando que o governo contará sempre com o apoio dos parceiros.
Os novos adidos são os coronéis, Kondwani Kakhobwe, do Lesotho; Elijah Mogaga, do Botswana; Damian Orgiazzi, da Argentina; Muhammed Bilal, do Paquistão. e Stephane Plante, do Canada; dos tenente-coronéis, Koichi Kamijukkoku, do Japão; e Josué Quintas, adido-adjunto de Angola; e capitão de Mar-e-Guerra, Burhanudin, da Indonésia.
“Devemos continuar unidos e engajados nesta luta, e acreditamos que mesmo com a retirada da SAMIM, com o término agendado para Julho do presente ano, continuaremos a contar com o apoio dos países da SADC na luta contra o terrorismo”, disse.
O ministro pede um empenho mais enérgico por parte dos adidos de Defesa na avaliação das ameaças susceptíveis de colocar em risco a segurança do Estado moçambicano, incluindo dos Estados de sua proveniência, de forma a antecipá-las e impedi-las que se tornem elementos perturbadores do bem-estar sócio-económico das populações.
Os riscos e ameaças actuais, de acordo com Chume, impelem aos Estados a unir esforços, para juntos enfrentarem desafios, sejam de carácter militar, sócio-económico, ambiental, para o bem-estar dos cidadãos de todos os países visando defender as populações de flagelos que trazem consequências nefastas à humanidade.
Destacou a eleição, em Junho de 2022, por unanimidade, de Moçambique a Membro Não-Permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, tendo assumido o mandato em Janeiro de 2023, para o biénio 2023 – 2024.
Com efeito, Moçambique tem como principal missão salvaguardar o seu interesse nacional, bem como dos países africanos e do mundo, no contexto da preservação da paz e segurança, factor essencial num contexto de crescentes riscos e ameaças, entre os quais a criminalidade transnacional organizada, também o recrudescimento de conflitos entre Estados, crimes de natureza cibernética e os efeitos das mudanças climáticas.
Sobre o conflito russo-ucraniano, disse que Moçambique insiste numa abordagem que privilegia uma solução negociada. Já no que se refere à questão palestiniana, é pela prevalência de uma cordialidade entre as Partes, bem como reafirma o seu posicionamento histórico que preconiza a implementação da solução de dois Estados a conviverem lado a lado”, disse o governante.
A presença dos adidos, segundo Chume, reforça os laços de amizade e cooperação e faz o país acreditar, que através do trabalho árduo e dedicação dos adidos, o governo vai aprofundar a parceria e alcançar novos patamares de cooperação.
(AIM)
Ac/sg