
Maputo, 04 Mai (AIM) – O Comité Central da Frelimo, partido no poder em Moçambique, ainda não elegeu o candidato presidencial para as eleições gerais agendadas para 9 de Outubro próximo.
O órgão está reunido desde às 10h00 de hoje no prosseguimento das discussões sobre sucessão que iniciaram sexta-feira, na Escola Central do Partido, cidade da Matola, por falta de consensos no conclave do Comité Central.
Esta tarde (13h30), a reunião foi interrompida para o almoço, e o presidente do partido Frelimo, Filipe Nyusi, aproveitou para visitar a feira montada do lado exterior do edifício onde decorre o encontro extraordinário.
A saída do presidente Nyusi para fora do recinto do encontro criou uma agitação na imprensa, mas tratou logo de avisar que não poderia falar porque não era porta-voz da reunião.
“Combinamos que não vou falar, não sou porta-voz da reunião”, disse Nyusi questionado sobre o andamento do processo da sucessão interna na Frelimo.
Neste momento, ainda não há evolução em relação ao estágio do processo, sendo que prevalece a lista de candidatos propostos ontem pela Comissão Política do partido.
Refira-se que a Comissão Política da Frelimo propôs, sexta-feira, três nomes para a eleição do candidato presidencial pelo partido, nomeadamente Roque Silva, Damião José e Daniel Chapo, mas o Comité Central, órgão máximo do partido, exigiu a extensão da lista para permitir que mais candidatos possam ser arrolados.
Essa exigência do conclave do Comité Central, que provocou acesos debates, forçou a interrupção e consequente prolongamento das discussões sobre a sucessão e eleições internas na Frelimo para este sábado.
Num dia caracterizado por acessos debates internos que iniciaram com um encontro restrito da Comissão Política, seguida do Comité Central, o único avanço foi a indicação por proposta da CP dos três nomes.
Falando a jornalistas à saída da reunião, na sexta-feira, Toedoro Waty, membro do Comité Central, confirmou que o órgão máximo do partido, depois de receber a proposta da Comissão Política, julgou conveniente que mais nomes fizessem parte da lista, numa que chamou de ampliação da democracia interna.
“Dissemos que é conveniente que mais nomes apareçam e, quando apresentados mais nomes, fica claro que há mais democracia. Há nomes propostos, mas, os membros do Comité Central entendem que a lista deve ser acrescentada”, disse.
(AIM)
Paulino Checo (PC)/dt