
Presidente da APSUSM, Anselmo Muchave, fala em conferência de imprensa
Maputo, 20 Mai (AIM) – A Associação dos Profissionais da Saúde Unidos e Solidários com Moçambique (APSUSM) afirma que a greve em curso no país já resultou em cerca de mil mortes.
Volvidos 21 dias de greve, o Presidente da APSUSM, Anselmo Muchave, convocou a imprensa esta segunda feira (20) para anunciar o número de óbitos e o ponto de situação da greve.
Questionado sobre a base de cálculos para contabilizar o número de óbitos avançados pela APSUSM, Anselmo Muchave, disse “temos pessoas nas unidades sanitárias”.
Fez saber que comparativamente com os períodos normais (sem a greve), verifica-se uma redução menor, apontando para um , dois ou três óbitos ao nível de uma província.
Questionado sobre a base de comparação da evolução do número de mortes nas unidades sanitárias, disse “nós vamos trazer a media em documentos, “.
Revelou que, os jovens constituem o maior número de óbitos que se registaram nas diversas unidades sanitárias do país em consequência da greve.
Após a província de Sofala, actualmente a província de Inhambane é tida como sendo a que apresenta elevado número óbitos, em consequência da greve.
“Mesmo se nos ameaçarem de morte continuaremos em greve e firmes, lutando para que o povo ao se dirigir as nossas unidades sanitárias não se angustiem ou se mostrem indignados, só obterá o tratamento de que necessita se na farmácia pública encontrar todos medicamentos que lhe forem receitados “, disse Muchave.
Segundo Anselmo Muchave, a APSUSM mantém o diálogo com governo através do Ministério da Saúde .
“Estamos a ter uma negociação com o governo, o que na realidade falta é assinarmos os consensos e terminarmos com os acordos. Até ontem (19), já estávamos para terminar e tivemos impasse do último minuto, o governo teve uma agenda por cima desta”, disse a fonte.
Um outro aspecto que faz parte das diferenças entre o governo e APSUSM está relacionado a proposta da agremiação em efectuar corte na fonte (na folha de salário) referente ao valor de pagamento de quotas de cada membro.
Entre as reivindicações dos profissionais da saúde destacam-se o pagamento de horas extras, enquadramento da Tabela Salarial Única (TSU), condições de trabalho nas unidades sanitárias, uniforme de trabalho, falta de medicamentos entre outros.
(AIM)
MR/sg