
Maputo, 21 Mai (AIM) – O governo moçambicano garante estar a pagar, de forma paulatina, as horas-extraordinárias dos profissionais de saúde e dos professores, grupos dos sectores distintos do Aparelho do Estado que continuam em greve, a reivindicar entre outros pontos, o pagamento de horas-extras.
Falando à imprensa, minutos após o fim da 16ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, a porta-voz da sessão, Ludovina Bernardo, explicou que o governo continua a envidar esforços para que o Executivo continue a pagar ambos sectores, incluindo outros que se queixam da falta de pagamento de horas-extras.
Bernardo, que igualmente é vice-ministra da Indústria e Comércio, explicou ainda que o pagamento vai contribuir para melhorar o funcionamento de ambos sectores cruciais no atendimento dos cidadãos.
“O esforço estão sendo realizados, tanto no sector de educação, bem como no sector de saúde, e outras áreas, para que o impacto das horas-extras e outras remunerações que os funcionários do Estado têm por direito, continuam a ser pagas e sem grandes sobressaltos”, disse a porta-voz.
Por isso, apela aos sectores de saúde, educação, e outros, para que “continuem a trabalhar para ultrapassar os desafios que ainda persistem”.
Desde 29 de Abril último que a Associação dos Profissionais da Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) desencadeou uma greve que se saldou, até segunda-feira (20), a escala nacional, em cerca de mil mortes.
A APSUSM continua a manter o diálogo com o governo, através do Ministério da Saúde.
“Estamos a ter uma negociação com o governo, o que na realidade falta é assinarmos os consensos e terminarmos com os acordos. Até domingo (19) já estávamos para terminar e tivemos impasse do último minuto; o governo teve uma agenda por cima desta”, disse o presidente da APSUSM, Anselmo Muchave.
Relativamente aos professores, o braço-de-ferro entre Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) e o Executivo centra-se na falta de pagamento dos 13 meses em atraso das horas-extras.
No entender da ANAPRO, o governo faz muito pouco para solucionar o diferendo, sendo por isso que as reivindicações continuarão a extremar até que se efective o pagamento da dívida na totalidade.
Entretanto, Ludovina Bernardo apela à entrega, assim dos professores, incluindo aos profissionais de saúde, para “evitar constrangimentos, tanto em relação ao aproveitamento escolar, bem como na assistência sanitária à população de Moçambique”.
(AIM)
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