
Maputo, 14 Jul (AIM)- A classe médica em Mçambique ameaça paralisar as suas actividades nos próximos dias, alegadamente devido ao não cumprimento do acordo feito com o Governo, aquando da última greve.
O entendimento incluia, entre outros, questões remuneratórias e melhoria das condições de trabalho.
O presidente da Associação Médica de Moçambique (AMM), Napoleão Viola, disse que foram atendidos, do caderno reivindicativo, apenas os aspectos básicos, tais como atraso no pagamento de subsídio dos médicos.
Sem explicar ao detalhe, Napoleão Viola disse a edição de sábado de “O País” que mais de 11 meses já passaram, desde a assinatura de acordos com o Governo, mas, até agora, apenas 25 por cento do que estava acordado foi cumprido.
“Nós, no ano passado, realizámos a nossa greve. A segunda fase terminou depois de um acordo, entre o Governo e a direcção da Associação da classe médica”. O acordo preconizava que, “entre outros aspectos, além das questões remuneratórias, haveria melhoria das condições de trabalho para os nossos clientes no Serviço Nacional de Saúde, mas não aconteceu”.
O outro aspecto que leva à realização de uma nova greve, segundo Viola, tem a ver com a falta de abertura por parte do Executivo para o diálogo, com vista a buscar soluções para os problemas que afectam a classe.
“Desde o final de Fevereiro, até a data, não há abertura por parte do Governo para que haja diálogo. Foi por isso que a classe médica reuniu-se para analisar o estágio do diálogo” entre as partes e concluiu que não há “diálogo nenhum”. Assim sendo, “infelizmente, para todos nós, a única via que resta à classe média é ir para uma posição que todos gostaríamos de evitar”.
(AIM)
FF