Maputo, 02 Ago (AIM) – Os operadores de transporte semi-colectivo de passageiros paralisaram, temporariamente, a actividade ao longo da Estrada Circular de Maputo, na capital moçambicana, em protesto contra a cobrança do valor integral das tarifas das portagens.
Para o efeito, amotinaram-se antes da portagem da Matola Gare, no município da Matola, província meridional de Maputo, nas primeiras horas da manhã de hoje (02) alegando a insustentabilidade das tarifas nas portagens.
Os transportadores simi-colectivos de passageiros afirmam o cartão permite o pagamento de apenas 10 meticais (um dólar equivale a cerca de 64 meticais) por travessia mediante a apresentação do cartão. Entretanto, isso já não acontece na ausência do cartão, quando a travessia custa 40 meticais por viagem, ou seja, sem benefício de desconto.
Os transportadores entendem que a medida é inoportuna e alegam que já submeteram toda a documentação para a emissão dos cartões na Rede Viária de Moçambique (REVIMO). Entretanto, ainda aguardam pela entrega dos mesmos.
“Paralisamos as actividades para que haja uma solução imediata. Veja só ida e volta temos que pagar 80 meticais. Onde vamos ter dinheiro de combustível e do patrão?”, Perguntou José Manuel, um dos transportadores.
Alberto Silvestre, que opera na mesma rota partilha o mesmo sentimento. “Chegamos aqui hoje e nos exigiram o pagamento de 40 meticais por viagem, esse valor é muito. Nos não vamos ganhar nada, não sobra nada para o combustível e para o patrão”.
Por sua vez uma fonte da União das Cooperativas dos Transportadores semi-colectivos de passageiros e carga do Município da Matola-Maputo (UNICOTRAMA) que não quis se identificar remeteu toda a responsabilidade inerente a paralisação das actividades dos semi-colectivos a REVIMO pela tomada desta medida.
A situação obrigou muitos passageiros a cancelar ou adiar as suas agendas devido a falta do transporte no local e só não atingiu proporções alarmantes graça a pronta intervenção da polícia de protecção, de Trânsito e Municipal que se fizeram presentes no local.
“Sendo um grupo social organizado, se tiver alguma situação, o que deve fazer do princípio é aproximar-se da unidade mais próxima da polícia e apresentarem a sua preocupação”, disse Osvaldo Honwana, membro da Polícia Municipal.
A situação voltou a normalidade por volta das 09h30 depois que Honwana informou aos transportadores de que a REVIMO decidi suspender a medida até que todos os transportadores estejam na posse dos referidos cartões.
A AIM tentou ouvir a REVIMO que se escusou a falar sobre o assunto.
(AIM)
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