
Estrada com portagem
Maputo, 11 Fev (AIM) – O governo moçambicano já começou a trabalhar no sentido de identificar soluções combinadas para as portagens, um exercício que envolve condutores, residentes das proximidades onde estão instaladas, e as concessionárias, para a retoma do pagamento das tarifas.
Falando hoje (11) em Maputo, no habitual briefing à imprensa, minutos após o fim da 4ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, o porta-voz daquele órgão soberano, Inocêncio Impissa, explicou que contactos já estão em curso com os intervenientes no processo das portagens de modo a aproximar as partes e fazer com que possam conviver de uma forma harmoniosa.
“O que está a acontecer agora é um processo de levantamento, como fizemos referência, dos danos, é uma questão de perceber os intervenientes, portanto, quem é que está por detrás da destruição das portagens”, disse Impissa.
Explicou que em muitos lugares, parte considerável das pessoas que destroem as portagens são comunidades locais desfavorecidas, que não possuem viaturas.
“Portanto, não paga portagens de forma directa, mas paga de forma indirecta através dos transportes públicos quando os utilizam, mas também têm os transportadores, que estão no leque dos principais actores neste processo”, disse Impissa, que, também é ministro da Administração Estatal e Função Pública.
Há mais de tres meses que os automobilistas deixaram de pagar as tarifas de portagem. Em Janeiro último, o governo anunciou a retoma da cobrança das taxas, das portagens, sobretudo das de Maputo-Matola, e de Moamba, província de Maputo, ambas sob a gestão da Trans African Concessions (TRAC).
No entanto, a retoma da cobrança das tarifas tornou as portagens palco de violentos protestos entre automobilistas e gestores da TRAC, bem como residentes nas zonas próximas das infra-estruturas, que colocavam barricadas na estrada.
Por isso, Impissa afirmou que as populações circunvizinhas das portagens devem participar na protecção e salvaguarda das infra-estruturas, principalmente na compensação e no que as portagens economicamente produzem.
Referiu que o período de concessão da TRAC às portagens da província de Maputo termina nos próximos dois anos, o que implica que “estas discussões em volta vão determinar efectivamente, o que é que significam os investimentos necessários para repor as portagens a funcionar regularmente e, naturalmente, o que é que significa voltar a ter as portagens a funcionar regularmente”, vincou.
A fonte referiu que o problema afecta todas as portagens existentes na estrada circular de Maputo, na região metropolitana de Maputo, nomeadamente, os municípios de Maputo, Matola, Marracuene e Boane, pertencentes a Rede Viária de Moçambique (REVIMO).
(AIM)
Ac /sg