
Quelimane (Moçambique), 02 Out (AIM) – Os órgãos de administração eleitoral, a nível da província central moçambicana da Zambézia, projectam credenciar 15.855 observadores nacionais, 32.480 delegados de candidatura dos partidos políticos e 550 jornalistas durante o processo que culminará com a votação de 09 de Outubro corrente.
Dados preliminares avançados à AIM, esta quarta-feira (02), pelo presidente da Comissão Provincial de Eleições (CEP), Emílio Mpanga, indicam que já foram credenciados cerca de 600 observadores nacionais.
A fonte disse, ainda, que a afluência de observadores nos diferentes estágios eleitorais no país e na província em particular, significa que as pessoas estão a ganhar consciência para participação activa nos processos eleitorais.
Questionado sobre a alegada morosidade na credenciação de observadores nacionais denunciada pelo Consórcio Eleitoral Mais Integridade, em conferência de imprensa, na cidade de Quelimane, o presidente da CEP admitiu resultar de ligeiro embaraço logístico que, paulatinamente, está sendo sanado.
“Terça-feira (01) abordamos o assunto com a própria representante do Consórcio Eleitoral Mais Integridade, Cândida Luís, onde partilhamos o estágio da credenciação de observadores nacionais depois daquele ligeiro impasse, e a entrega decorre de forma célere obedecendo a sequência de submissão de pedidos”, disse.
Os dois órgãos de gestão eleitoral, nomeadamente, o STAE e a CEP, desdobram-se no processamento dos pedidos efectivos submetidos pelas organizações da sociedade, partidos políticos, entre outros proponentes legalmente previstos.
Para os órgãos eleitorais, segundo Mpanga, a acentuada procura pela credenciação dos diferentes intervenientes é um ganho porque quanto mais pessoas envolvidas durante o processo melhor são os critérios de gestão do escrutínio no seu todo.
No âmbito do habitual briefing semanal sobre as incidências da campanha eleitoral, o Consórcio Eleitoral Mais Integridade manifestou-se apreensivo com a paralisação de actividades lectivas e laborais na sequência da campanha do candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo.
O consórcio denunciou o alegado aumento de cenários de confrontos entre os simpatizantes de diferentes partidos políticos; alegada recolha de cartões de eleitores em troca com indumentária do partido Frelimo, e uso de locais de cultos para fins eleitorais.
Uma outra questão que apoquenta o Consórcio está associada a focos de desinformação contínua, sobretudo nas redes sociais colocando em causa a integridade das eleições.
Cândida Luís disse, ainda, que a participação de pessoas com deficiência continua cosmética e não chega para influenciar as mensagens no seio dos eleitores.
Não obstante, a fonte manifestou satisfação sobre a evolução positiva da disponibilização de informação sobre roteiros dos partidos políticos.
(AIM)
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