
Membros de Mesa de Voto
Lichinga (Moçambique) 08 Out (AIM) – Mais de 17 milhões de potenciais eleitores vão às urnas esta quarta-feira (09) para votar no novo Presidente da República de Moçambique, e nos 250 deputados da Assembleia da República (AR), o parlamento.
Do universo de eleitores recenseados, perto de um milhão estão nos nove países da diáspora e os restantes em todo o território moçambicano.
Os potenciais eleitores vão eleger, igualmente, os membros das assembleias provinciais e dez governadores das respectivas províncias.
Para a Presidência da República concorrem quatro candidatos, nomeadamente, Daniel Chapo, suportado pela Frelimo, partido no poder; Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, o maior partido da oposição; Lutero Simango, pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segundo da oposição; e Venâncio Mondlane, pelo Povo Optimista de Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), um partido extraparlamentar.
Além dos partidos que suportam os candidatos presidenciais, concorrem para a AR e assembleias provinciais 34 partidos, ou coligações de partidos. Não são todos os partidos que concorrem em todos os 10 círculos eleitorais, que coincidem com as províncias do país.
Um relatório preliminar sobre os 45 dias da campanha eleitoral, que terminou domingo (06), diz que foi a mais pacífica e ordeira, desde a introdução do multipartidarismo e a realização das I eleições gerais no país, em 1994.
Com efeito, um total de 25.725 Mesas das Assembleia de Voto (MAV’s) serão instaladas em todo o território nacional, e 602 na diáspora.
As MAV’s abrem às 07h00 [hora local] e encerram às 18h00.
Pelo menos 8.737 Assembleias de Voto (AV’s) serão montadas em Moçambique, e 334 no estrangeiro.
Até segunda-feira (07), a Comissão Nacional de Eleições (CNE) havia registado 13.698 observadores nacionais, e cerca de 500 internacionais.
Um total de 1.639 jornalistas nacionais e 14 estrangeiros efectuam a cobertura das VII eleições presidenciais e legislativas e IV para as assembleias provinciais e de governador de província.
Num breve contacto estabelecido pela AIM hoje, a porta-voz do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), Regina Matsinhe, disse que ainda há espaço para acreditar jornalistas e observadores, sendo estes sob alçada da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Relativamente às eleições na diáspora, Regina Matsinhe disse que as brigadas do STAE estão a alocar os materiais de votação nos respectivos locais em que vão funcionar as AV’s.
“Até agora está tudo a postos para que tenhamos eleições pacíficas no estrangeiro”, afirmou.
Aos cidadãos que perderam o cartão de eleitor, documento que concede o direito de voto, a porta-voz recomenda que os cidadãos maiores de 18 anos de idade se dirijam à mesa de votação.
“Aí vai ter que ir de encontro aos escrutinadores que estarão à entrada da Assembleia de Voto, e vão consultar o caderno réplica que terão na mão, o nome, mostrando um documento de identificação, que pode ser bilhete de identidade, passaporte, cartão de estudante, cartão de desmobilizado, ou qualquer outro documento que porte uma foto”, vincou.
Para casos de votação, testemunhas não são aceites.
Regina Matsinhe apela aos eleitores para que após a votação, dirijam-se às suas casas.
O candidato Daniel Chapo vai votar às 07h30 na Escola Primária III Congresso, na província de Inhambane, sul do país. Na mesma hora, Momade e Simango, ambos irão exercer o direito de voto na escola secundária Josina Machel, cidade de Maputo; enquanto Mondlane na Escola Primária Completa 25 de Setembro, também na cidade de Maputo, igualmente às 07h00.
(AIM)
Ac/mz