
Trabalhador numa fábrica de tubos em Moçambique. Foto arquivo
Maputo, 21 Nov (AIM) – A Autoridade Nacional de Educação Profissional (ANEP) afirma que se regista uma ligeira subida no nível de empregabilidade dos técnicos graduados dos institutos de formação profissional, como resultado das parcerias firmadas com algumas entidades empregadoras que acolhem estudantes na qualidade de estagiário.
A gestora de qualificações profissionais na ANEP, Ida Alvarinho, disse que apesar de estudos revelarem que há uma tendência crescente do nível de absorção dos graduados das escolas técnicas no mercado de emprego, ainda persistem desafios, pois ainda está aquém do desejado, estando ainda abaixo de 50 por cento.
“Um estudo, com uma amostra, e volto a dizer que é só uma amostragem, não é geral, indica que o nível de absorção é inferior a 50 por cento”, disse Alvarinho, à margem do encontro de celebração dos avanços na formação profissional baseado em competências promovido pela Swisscontact e parceiros, hoje (21), em Maputo.
Alvarinho frisou que o órgão está satisfeito, não só pela quantidade, mas também pela qualidade, porque, segundo justificou, os poucos graduados que entravam no mercado de trabalho, era sem competências requeridas.
“Fizemos um estudo agora, há pouco tempo, em que há cerca de 80 por cento de satisfação quer dos formandos, quer dos empregadores que empregaram esses graduados, no sentido de dizerem que as competências que eles trazem já se aproximam bastante às competências das quais eles precisam, de que o mercado de trabalho precisa”, destacou.
A fonte destacou que os institutos devem encontrar formas de gerar renda para fazer face ao défice orçamental disponibilizado pelo Estado que, muitas vezes, não é suficiente para garantir o funcionamento pleno das actividades.
“Os próprios institutos têm que encontrar formas de gerar renda. Um instituto técnico que ensina carpintaria, por exemplo, tem que tentar gerar renda para o instituto através da carpintaria, que é a carpintaria didáctica, mas que também produza, presta serviços à sociedade. Mecânica, electricidade, eles podem produzir serviços, prestar serviços à sociedade e conseguir rendas”, vincou.
Já a directora nacional da Swisscontact, Regula Chavez, manifestou a sua satisfação com os resultados alcançados na segunda fase do projecto implantado no período compreendido entre 2021-2024.
“Podemos dizer que são muito satisfatórios. Nós tínhamos previsto formar 4.500 jovens, conseguimos 5.400, que fizeram a formação baseada em competências, em módulos ou em qualificações completas e trabalhamos com nove centros de formação profissional, como também fizemos formação dos formadores e conseguimos estabelecer relações com 76 empresas, as quais estão a receber jovens para fazer estágios”, disse.
Falando sobre desafios, Chavez afirmou que um dos maiores entraves está relacionado com a maior procura e menor oferta, quer de emprego, quer de equipamentos para a geração de auto-emprego.
(AIM)
SNN/sg