Maputo, 25 Nov (AIM)- O Ministério de Género, Criança e Acção Social anunciou hoje (25) que, desde o início do presente ano, até ao momento atendeu 9.250 vítimas de violência em todo o território nacional, incluindo 4.556 mulheres, 991 homens, 3.301 crianças e 402 idosos.
Segundo o vice-ministro Lucas Mangrasse, os dados anunciados representam uma ligeira descida comparativamente a igual período do ano passado.
“Estes dados demonstram que a violência continua a fazer vítimas e deve ser combatida com o envolvimento da família, instituições religiosas e do Estado na sociedade”, referiu.
O executivo moçambicano assume que mulheres e homens gozam de direitos e oportunidades iguais para o desenvolvimento do país. Por isso, o país aprovou diversos instrumentos normativos, desde a aprovação da Política de Género, estratégia sua implementação, as leis da família das sucessões, prevenção e combate a violência praticada contra mulher entre outros.
Como resultado, Mangrasse explica que no sector da educação regista-se um aumento na retenção de crianças na escola, especialmente as raparigas no ensino básico, que passou de dois milhões de alunos em 1995, dos quais 42% eram raparigas, para mais de nove milhões em 2023 dos quais 49,9% eram raparigas.
Enquanto isso, na área de saúde sexual reprodutiva regista-se a expansão de serviços de planeamento familiar, rastreio do cancro do colo do útero e tratamento anti-retroviral (TARV).
“De 2009 a 2023, a moralidade materna reduziu de 450 para 400 por 100.000 nascidos vivos, aumento de agregados familiares que beneficiam programas de assistência social e de outras formas de apoio que resultaram no reforço de capacidade de mulheres e homens aos efeitos das calamidades.
As vítimas de violência doméstica foram assistidas através de mecanismos multissectoriais por meio dos 26 centros de atendimento integrado às vítimas de violência.
Mangrasse falava hoje (25) durante o lançamento da campanha dos 16 dias de Activismo que tem como lema “Unidos para Acabar com a Violência contra Mulheres Rumo aos 30 da Declaração de Beijing.
Os 16 dias de Activismo terminam no próximo dia 10 de Dezembro “Dia Internacional dos Direitos Humanos.
O governo está ciente que há muito que se fazer em prol da rapariga, por isso continua a realizar acções de capacitação de mulheres, raparigas e outros intervenientes.
“Registamos progressos no acesso das mulheres à água, saneamento, terra segura e aos meios produtivos, especialmente no meio rural. Constatámos com satisfação mulheres profissionais, como maquinistas, mecânicos, serralheiras e outros”, disse.
O secretário de Estado na cidade de Maputo, Vicente Joaquim, disse estar disponível para transmitir mensagens de combate à violência pelo facto de afectar ambos, homens e mulheres.
“Violentar uma mulher é violentar uma família, criança e sociedade “, disse Joaquim.
(AIM)
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