Maputo, 26, Nov (AIM)- O Instituto Nacional do Mar (INAMAR), em parceria com Administração Marítima Norueguesa, está a capacitar seus quadros para a elaboração de planos locais de notificação de desastres e resposta rápida, na eventualidade da ocorrência de derrames de hidrocarbonetos.
“A capacitação é fundamental para o fortalecimento da capacidade nacional de gestão e resposta a incidentes marítimos”, explicou o administrador executivo do INAMAR, Leonid Chimarizene, na sessão de abertura.
O seminário, em evento de dois dias, simboliza o esforço conjunto para alinhar o país em conformidade com os padrões internacionais de segurança e sustentabilidade marítima”, disse.
O principal objectivo é munir os participantes de ferramentas básicas para o desenho dos seus planos locais de combate a derrame de hidrocarbonetos.
Chimarizene sublinha que o INAMAR reconhece os avanços alcançados e os planos que serão elaborados durante o seminário vão ajudar a construir um sistema robusto, integrado para a gestão de incidentes marítimos.
“O sistema de notificação pós-derrame de hidrocarbonetos permitirá uma comunicação rápida, eficaz e coordenada entre diferentes entidades envolvidas na resposta a emergência, minimizando danos ao meio ambiente e às comunidades costeiras”, referiu o administrador executivo.
Por isso, o sistema de notificação desempenha um papel vital na resposta para derrames de hidrocarbonetos, garantindo a transmissão em tempo real de informações cruciais e deste modo permitir a mobilização de recursos adequados.
“Nós queremos que as questões de derrame sejam resolvidas no momento preciso que ocorrem os derrames. Moçambique quer estar livre de derrames”, referiu Chimarizene.
No país, às províncias de Cabo Delgado, Nampula e Zambézia, são locais mais críticos que registam casos derrame de hidrocarbonetos devido as operações de pesquisa e exploração de hidrocarbonetos.
Os casos de derrame de hidrocarbonetos podem ocorrer durante as operações de prospecção, limpezas de embarcações, acidentes marítimos e naufrágio.
A directora da Divisão de Preservação e Combate ao Ambiente Marinho, no INAMAR, Maria Abrão Uamusse, explicou que este treinamento e elaboração dos planos locais está inserido no projecto “Oceanos para o Desenvolvimento “, que teve inicio em Janeiro do presente ano e tem duração de quatro anos.
Espera-se que no fim do programa todos os técnicos estejam devidamente capacitados para o efeito.
Por seu turno, a representante da Administração Marítima Norueguesa, Kathrine Idas, revelou que o treinamento integra a prática de exercícios nos postos de trabalho dos administradores da administração marítima nos respectivos locais.
“Nós não queremos que vocês adoptem o plano da Noruega, mas temos uma lista de coisas e vocês vão verificar se é possível aplicar com base na realidade do país “, disse Kathrine Idas
A fonte partilhou a sua experiência e aconselhou o Moçambique a fazer com base na sua realidade. É optimista que no futuro, o país terá um bom sistema de notificação de desastres.
Participam no evento quadros de outros sectores do mar, bem como técnicos da Marinha de Guerra, Polícia Costeira Lacustre Fluvial, Ministério da Terra e Ambiente, entre outros.
(AIM)
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