Maputo, 29 Nov (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, afirma estar fortemente engajado na busca de soluções para a crise pós as VII eleições presidenciais e legislativa e das IV para as assembleias provinciais e de governador de província, que se instalou em Moçambique, que já resultou na morte de dezenas de pessoas e ferimento de mais de uma centena.
A crise é marcada por manifestações, às vezes violentas, em quase todo o país, com maior incidência das cidades de Maputo e Matola, na região sul.
Os manifestantes respondem ao chamamento do candidato presidencial, suportado pelo partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Venâncio Mondlane, que, através de várias plataformas digitais tais como Facebook e Youtube, tem estado a convocar a população a rebelar-se como forma de reivindicar a alegada vitória nas eleições gerais, do passado dia 09 de Outubro.
“Eu ontem (28) dormi, acho que era 01h30 [hora de Moçambique] ou 02h00 a falar com muitos grupos de pessoas. Não quero dizer que grupos são, mas são grupos que podem ajudar a resolver esse problema”, disse Nyusi, que falava durante a inauguração do novo edifício da Delegação do Instituto Nacional de Segurança Social do distrito de Massingir, província meridional de Gaza.
Nyusi destacou a necessidade de evitar a destruição de bens públicos e privados que, mais tarde, serão necessários. Referiu que há vários países do mundo que mergulharam em crises e o resultado é destruição mortes e pilhagens.
“Não fica bem estarem a morrer pessoas porque foram violentadas pelas Forças de Defesa e Segurança, ou o inverso,”, disse Nyusi, numa clara alusão ao elevado número de fatalidades ocorridas desde o início da presente crise, a 21 de Outubro, data da primeira manifestação pós-eleitoral.
Por isso, Nyusi recomendou aos jovens para que façam a sua parte. “Se cada um fizer um pouco sobre aquilo que deve fazer, isto vai parar. Olhem para as vossas vidas, olhem para as vidas das crianças e dos jovens”.
“Eu estou a fazer a minha parte, até onde puder, que é criar espaços para o diálogo”, disse Nyusi.
Afirmou estar convicto que cada um fará a sua parte e a vida vai voltar ao normal.
A 3ª fase da 4ª etapa das manifestações termina hoje, mas ao que tudo indica, Venâncio Mondlane poderá convocar outras que poderão iniciar próxima segunda-feira.
(AIM)
sg